Camisa de linho, com pequeno cós guarnecido de renda larga, abotoada na frente com botões feitos de tremoço, forrados de tecido; manga comprida com punho. Colete de seda lavrada de de luxo, vermelho - vinho, debruado a preto, ajustado na frente com cinco pares de botões de prata e respectivas abotoaduras.
Saia de tecido de lã preta, comprida, franzida na cintura e guarnecida em baixo com barra de veludo recortada e contornada com galão. Sobre a anca, faixa cor de vinho, que não ajusta, decorada por vezes com as iniciais do nome e algibeira preta bordada, suspensa na cintura.
Envolvendo todo o corpo, amplo mantéu preto, com cabeção largo de veludo guarnecido a galão e frentes debruadas também a veludo e galão formando bicos. Na cabeça lenço lavrado de cor clara, com as pontas laterais levantadas, acompanhando a larga aba do chapéu de presilhas, presas à copa e rematadas com pompons catitas.
Calça meias brancas rendadas e chinelas pretas de verniz.
Trajo rico de festa, destacando - se o colete com suas abotoaduras de prata, numa clara afirmação do poder económico da rapariga.
Também o mantéu, com seus enfeites de veludo e galão idênticos aos da saia, é elemento imprescindível no trajo de luxo, coroado pelo magnífico chapéu, tão grande que se torna necessário usar presilhas, para segurar a aba á copa. As chinelas pretas e as meias brancas eram acessórios indispensáveis neste trajo.
A datação deste trajo é possível, devido ás representações pictórias deixadas por artistas como Francisco José Resende (1825 - 1893).
São dele algumas obras onde se podem observar mulheres vestindo este trajo.
Fonte: O trajo regional em Portugal , de Tomaz Ribas.
2 comentários:
so aparece fotos da idosa trajada porque? e ja la anda ha 35 e o marido nunca foi!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
olá anônimo!
não percebi a sua pergunta!!
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