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quarta-feira, 29 de junho de 2011

CARTAZ DA ROMARIA DE NOSSA SENHORA DA AGONIA 2011 - VIANA DO CASTELO




Aos 58 anos de actividade, Félix Iglésias, um fotógrafo de Viana do Castelo, é o autor do cartaz da Romaria d’Agonia deste ano.


Félix Iglésias tem 66 anos e desde os oito que “ganha dinheiro” com a fotografia, tendo sido autor, a convite da Comissão de Festas, de dois cartazes, o últimos dos quais da Romaria de 1999.Para a edição de 2011, este fotógrafo de Viana do Castelo escolheu a avenida principal da cidade como pano de fundo, uma estreia em cartazes da festa, e uma jovem mordoma como o rosto da festa.Marisa Cunha, de 17 anos, estudante do 12.º ano e natural da Ribeira, espaço principal da festa, dá rosto ao cartaz e garante que “desde sempre” vive aquela festa.“É um motivo de orgulho ser a mordoma do cartaz e sei que muitas pessoas gostariam de estar no meu lugar”, confessou a jovem, habitual participante nos desfiles da Romaria mas que se estreia agora nas principais funções da festa. A festa deste ano decorre entre 19 e 21 de agosto e terá no facto de Viana do Castelo ser a Cidade do Vinho 2011 o tema principal, cabendo o título de presidente da Comissão de Honra à ministra da Cultura cessante, Gabriela Canavilhas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

FESTA DO CORPO DE DEUS - A COCA DE MONÇÃO



Pela liturgia, a igreja celebra todos os anos na quinta-feira depois da Oitava do Pentecostes uma festa em honra do mistério da eucaristia. Denominada Corpus Christi, a festa viria a ser universalmente aceite, pensando-se que, em Portugal, teve lugar no reinado de D. Afonso III, ainda sem procissão. Esta viria a incorporar-se no tempo de D. João I, já com a presença de um cavaleiro personificando o Padroeiro do Reino - S. Jorge. A procissão, que se mantém até aos dias de hoje, representava um acontecimento em todo o território nacional, sendo uma solenidade muito respeitada e participada, onde as figuras mais representativas estavam presentes. Na capital do pais, cabia ao Rei e aos Príncipes segurar as varas do Pálio debaixo do qual o Patriarca conduzia a custódia.Monção acompanhou a celebração do Corpo de Deus ao longo dos séculos, mantendo todo o esplendor religioso próprio de uma grande festa. Na procissão, tomam parte todas as Cruzes e Pendões das paróquias que formam o arciprestado de Monção, com as respectivas irmandades a distinguirem-se pelo colorido das opas. Dado o apego à terra da população local, o nosso concelho não dispensa também a presença do chamado Boi Bento, animal enfeitado e bem tratado, que vai na procissão, homenageando o grande 'companheiro' das lides da lavoura que, durante séculos, ocupou grande parte da população da região minhota.Após o percurso pelos lugares do costume, a procissão recolhe à Igreja Matriz e o povo desloca-se em massa para o anfiteatro do Souto, onde terá lugar o torneio entre as forças do bem e do mal (da virtude e do pecado). O povo dispõe-se em redondel enquanto o cavaleiro S. Jorge, representando o bem, e a horrenda figura de um dragão conhecido por Coca, representando o mal, tomam posições. O dragão, construído em tela sobre armação de madeira e com rodas disfarçadas sob as patas pintadas como garras de unhas aguçadas, é exteriormente empurrado por 4 a 6 valentes, também estes com um ou outro aperto ao longo do torneio, a provocarem a risota no público. O bicho está pintado de verde e tem a cabeça móvel com goelas abertas e gulosas, sendo a mobilidade conseguida por outro valente que é transportado no interior do monstro. As cores berrantes e o tamanho provocam no cavalo que S. Jorge cavalga certos temores que impedem ou dificultam a aproximação suficiente para o guerreiro desferir os golpes castigadores do mal. Entretanto, o público toma partido: pela Coca que este ano está a ser bem empurrada ou pelo Padroeiro do Reino que, fruto da experiência, consegue domar o cavalo perante os avanços do monstro. Com o decorrer dos minutos, o “combate” provoca a boa disposição na assistência que premeia com palmas as boas provas de um e de outro num claro sinal de independência.O torneio demora o tempo que leve ao cansaço dos participantes activos ou vença a habilidade de S. Jorge concretizado na certeza dos golpes desferidos na "pobre" Coca que todos os anos, por uma ou outra razão, tem de ser restaurada pois lhe faltará a língua ou as orelhas. Conta a história que, caso vença S. Jorge, haverá um bom ano agrícola. Se a vitória sorrir à Coca, aproximam-se tempos de fome e miséria. E sendo um torneio entre um dragão (mais ou menos estilizado ao gosto do artesão) e um cavaleiro, porquê o nome de Festa da Coca? Em etnografia há situações que, hoje, por falta de apontamentos da época, são apenas explicáveis por intuição ou por analogia. É o que poderá acontecer com o termo Coca. Pode tal festa ser identificada com o nome de Coca por ser entre o bem e o mal e, no Minho, é vulgar ouvir-se a palavra Coca como sinónimo de raiva ou ódio. Festa da Coca seria assim a festa da raiva à maldade. Coca é ainda uma máscara que se faz com a casca de uma abóbora (no Minho designada por coco), abrindo-se nela à imitação dos olhos e da boca. Por analogia da mascarada, em que uma figura local com vestes a propósito e a cavalo assume a figura de S. Jorge, pode ser que o povo à falta de melhor rótulo passasse a denominar o torneio como Festa da Coca.O que se sabe e se verifica todos os anos é que os forasteiros e a população local ruma à sede do concelho em grande número na aludida quinta-feira do Corpo de Deus e se incorpora com recolhimento na parte religiosa para, no final, vibrar com o paganismo do torneio, fazendo promessas de voltar no ano seguinte. Como episódio curioso, mas verídico, num ano em que a presença de espanhóis foi notória, uma "nuestra hermana" que veio a Monção para viver a solenidade, ficou de tal modo embasbacada frente à Coca que não atendeu ao repique dos sinos, chamando os crentes à missa, que antecede a saída da procissão. Quando de tal se apercebeu, exclamou pesarosa, mas convicta: "por causa de santa Coca perdi o demo da missa".

Fonte:Câmara Municipal de Monção

quarta-feira, 8 de junho de 2011

LENDA DO MANTO DE SANTO ANTÓNIO - FARO - ALGARVE



À entrada da vila de Monchique existe uma imagem de Santo António com um manto azul bordado a ouro que lhe foi oferecido por uma jovem em agradecimento por o santo lhe ter arranjado casamento. Mas a verdade é que este casamento não foi tão feliz como a jovem esperava. O marido tratava-a mal apesar da gravidez anunciada da mulher. Nasceu uma filha que cresceu entre discussões azedas até que aos oito anos a menina decidiu apelar para a bondade de Santo António pôr termo a tamanho martírio. Ajoelhou-se junto à sua imagem e prometendo-lhe que nunca lhe faltariam flores, a menina sentiu após algumas horas que alguém lhe batia no ombro. Um homem estranho e atraente perguntou-lhe porque estava ali e pediu-lhe algo para comer e um sítio para descansar. A menina levou-o para sua casa e enquanto que a mãe acolheu o visitante o pai resmungou pelo atrevimento da filha. O visitante dirigiu-lhe frases apaziguadoras, alertando-o para o fato de que estava a desperdiçar uma felicidade que estava perfeitamente ao seu alcance: a de viver em harmonia com a sua mulher e a sua filha. Como que encantado pelas palavras do visitante, o homem ajudou pela primeira vez a sua mulher a preparar a refeição e sentiu que iniciava nesse instante uma vida nova. Quando voltaram à sala, o estranho homem tinha desaparecido e no seu lugar estava uma pequena imagem de Santo António, semelhante à que se encontrava no nicho da vila. A notícia do milagre correu a aldeia e a partir daquele dia aquela casa encheu-se de felicidade e ao santo nunca mais faltaram as flores.