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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

GRUPO FOLCLÓRICO DE ABITUREIRAS - SANTARÉM

A freguesia de Abitureiras encontra-se situada na margem direita do Rio Tejo, ao norte de Santarém. Uma paisagem muito característica, marcada por uma zona de declives pronunciados a norte e menos ao sul da freguesia. No fundo, um pouco divergente do que se pode ver, em alguns aspectos, no resto do concelho. O topónimo desta povoação, Abitureiras, conheceu até hoje diferentes versões. Alguns autores dizem que deriva da palavra abruteira – a freguesia teria sido assim terra de abutres – outros apontam duas senhoras fiandeiras, que, por terem mandado construir a actual igreja paroquial, foram denominadas pelo povo de aventureiras e, por corrupção, Abitureiras. Uma série de opiniões que carecem de cunho científico, pois não passam das usuais lendas que sempre surgem associadas à história das povoações portuguesas.
Esta freguesia pertenceu sempre ao concelho de Santarém, excepto num curto período de tempo, em 1836, em que transitou para o de Rio Maior, ao qual pertenceu durante alguns anos. Em 1922, o lugar de Moçarria desligou-se da sede e formou freguesia própria.

Abaixo dois vídeos com apresentação dos trajes do Grupo Folclórico de Abitureiras:


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PELO SÃO MARTINHO VAI À ADEGA E PROVA O VINHO...

À medida em que se percorre o país, as comemorações do São Martinho vão sofrendo alterações, embora a receita base seja sempre a mesma: castanhas e vinho. Só mudam os hábitos. Sinónimo de festa muito popular e de grandes tradições, São Martinho é festejado, a 11 de Novembro, com castanhas assadas e água pé(bebida alcoólica, com baixo teor de álcool, resultante da adição de água ao bagaço (ou pé) de uva ). De acordo com a sabedoria popular, «No São Martinho abre o teu pipinho, mata o teu porquinho, bebe-lhe um copinho e come-lhe um bocadinho.» Lume, castanhas e vinho são os ingredientes indispensáveis para os tão desejados magustos.

Em Portugal, e sobretudo no norte e centro do País, o dia 11 de Novembro é de um modo geral festejado com «magustos» de vinho e castanhas em todas as partes onde estes ocorrem no dia de Todos os Santos, tomando assim o aspecto de um prolongamento especial dessas celebrações, a ponto de se falar em «Magustos dos Santos» e «Magustos de S. Martinho».

Os «magustos» aparecem sob esta forma em todo o Minho, em casa ou nos campos, em Trás-os-Montes, nas Beiras e no Douro, em terras de Arouca, e na região e na própria cidade do Porto. Por exemplo em Vila do Conde, as castanhas comem-se com roscas de pão de trigo e nozes. Em Fafe, eles começam à tarde e duram até à noite, as castanhas assam-se em fogueiras que se acendem no meio da rua, e o vinho circula em cântaro. Nessa noite, geralmente, joga-se o jogo do pau. No sul o costume não apresenta este caráter de generalidade, mas assinala-se em várias partes.

Em muitas regiões rurais do país, nomeadamente no noroeste, a festa anda associada à matança do porco, e é influenciada, sob certos aspectos, pela euforia e pelo sentido de plenitude que decorre desse acontecimento que possui a natureza de uma verdadeira festa doméstica, muitas vezes mesmo a mais importante do calendário privado. No Minho, por exemplo, o dia situa-se na época das primeiras matanças e nas provas do vinho novo. Segundo a tradição popular, «No dia de S. Martinho / Mata o teu porco / E prova o teu vinho».


Nas Beiras, um pouco por toda a parte, os rapazes, no dia de S. Martinho, andam em fila pela aldeia a «furar as adegas», para provarem o vinho novo e também aí se conhecem as procissões dos bêbados. No concelho de Foz Côa, mais concretamente em Pocinho, conhece-se o costume de, na noite de 11 de Novembro, os rapazes percorrerem todas as ruas da povoação com campainhas e chocalhos das cabras e ovelhas, acordando toda a gente com o barulho que fazem.

Lenda de São Martinho :

Reza a lenda que São Martinho pertencia às legiões do imperador Juliano. Num certo dia, em pleno Inverno, sob vendaval e neve, equipado e armado, montado a cavalo, S. Martinho viu, às portas de Amiens, um mendigo semi nu, tiritando de frio. O Santo parou o cavalo, pegou na espada e cortou ao meio a sua capa de agasalho, dando metade dela a esse peregrino. Envolto na outra metade, S. Martinho sacudiu a rédea e prosseguiu a viagem no meio da tormenta. Porém, subitamente a tempestade desfez-se, amainou o tufão e a geada, o céu descobriu instantaneamente, aparecendo assim um sol resplandecente. Segundo a mesma lenda, para que não se apagasse da memória dos homens a notícia deste acto de bondade, Deus dispôs que em cada ano, na mesma época em que São Martinho se desapossou da metade da sua capa, que se interrompesse o frio e que sorrisse o céu e a terra.

De acordo com a lenda de São Martinho, é raro o ano que o tempo, nesta altura, não melhore, aproveitando o povo para denominar "O Verão de São Martinho".


"VAMOS ASSAR AS CASTANHAS , VAMOS PROVAR NOSSO VINHO É FESTA NA NOSSA ALDEIA, É DIA DE SÃO MARTINHO."