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sexta-feira, 27 de junho de 2008

APÚLIA - CONCELHO DE ESPOSENDE.

Na praia da Apúlia, a dança do Minho toma uma feição especial, devido em parte ao trajo do homem - saio romano, apertado por cinturão espesso.
Descalços, e de pernas inteiramente despidas, só bailarão os moços que a natureza tiver dotado condignamente.
Daí, o aprumo de todos os que entram para a roda. Sem ele, nada feito...

Semelhantes aos companheiros do rei Artur, os sargaceiros da Apúlia sentam - se (perdão: bailam!) à roda da Távola redonda.

E as pernas serpenteiam, enquanto os pés, na relva do prado ou na areia da praia, fazem rendilhados brancos. A quase nudez destes rapazes que, ao comparecer no Rancho, envergam a indumentária quotidiana contrasta, singularmente, com a riqueza do fato das mulheres, as quais, ao contrário dos homens, vestem, para vir a público, festivos trajos antigos. Distinguem - se elas pelos movimentos das ancas, movimento rápido, trepidente. E a faixa, à moda de Esposende, ensacando - as, realça - lhes a natural opulência...

Ao dançar, os corpos estremecem, dos pés à cabeça. No entanto esta dança surge - nos como que emparedada. À vista, os bailadores mal mudam de sítio. Todavia, a sua leveza é tal que nem parecem poisar no chão. Lembram pássaros, talvez. Mas pássaros de asas cortadas...

Fonte: Danças portuguesas , Pedro Homem de Mello.

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