O traje da mulher nazarena é de extrema riqueza, quer pela sua história, quer pela sua harmonia estética. Rico ou pobre, de festa ou de trabalho, o traje feminino da Nazaré ainda é bastante usado no dia a dia desta terra de pescadores, cheia de lendas, mitos e tradições.
As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; sete cores do arco - íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
A sua origem não é simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso das sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto todos parecem estar de acordo: as várias saias da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar. As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí muitas horas de vigília. Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para protegerem a cabeça e ombros do frio e da maresia e as restantes a taparem as pernas, estando desse modo sempre "compostas".
De acordo com outras opiniões, as mulheres usariam sete saias para as ajudar a contar as ondas do mar (isto porque "o barco só encalhava quando viesse raso, ora as mulheres sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas elas desfiavam as saias e quando chegavam à última, vinha o raso e o barco encalhava "). Certo é que a mulher foi adotando o uso das sete saias nos dias de festa , e a tradição começou e continua até ao presente.
No entanto, no traje de trabalho são usadas, normalmente, um menor número de saias (3 a 4).
No traje de festa as saias interiores são brancas, sobre essas duas ou três ou mesmo mais de flanela colorida, debruadas a renda ou crochet de várias cores, cobrindo- as, a saia de cima de escocês plissada ou de chita azul com barra de veludo preto, cobertas por um avental de cetim artísticamente bordado; casaco florido com mangas de renda ou de veludo bordado na gola e nos punhos; lenço cachené e chapéu , capa preta; chinelas de verniz; cordão e brincos de ouro. A nazarena mostra assim, com orgulho, a riqueza da família através do traje.
O traje de trabalho é mais pobre em cor e em tecidos, com duas ou três saias de baixo, que variam consoante a época do ano (inverno / verão); saia de cima simples e avental sem bordados, mas com uma renda aplicada e com bolso; cachené e xaile traçado. Existe ainda um terceiro traje - o das viúvas, todo preto e sem rendas ou bordados, com as saias de baixo brancas; sendo este usado atualmente apenas pelas mulheres mais idosas.
O traje nazareno feminino continua a ser usado no dia a dia pelas mulheres de mais idade, sobretudo as mais ligadas ao mar e à venda de peixe. O traje de festa é normalmente usado por todas na época de carnaval(de 3 de fevereiro - São Brás - até terça feira de carnaval ), domingo de Páscoa e também pelos Ranchos Folclóricos da Nazaré.
É importante salientar que o traje nazareno feminino não parou no tempo, nem se tornou uma peça museológica. É um traje que renasce cada ano, tornando a Nazaré única entre as demais.
As sete saias fazem parte da tradição, do mito e das lendas desta terra tão intimamente ligada ao mar. Diz o povo que representam as sete virtudes; os sete dias da semana; sete cores do arco - íris; as sete ondas do mar, entre outras atribuições bíblicas, míticas e mágicas que envolvem o número sete.
A sua origem não é simples explicação e a opinião dos estudiosos e conhecedores da matéria sobre o uso das sete saias não é coincidente nem conclusiva. No entanto, num ponto todos parecem estar de acordo: as várias saias da mulher da Nazaré estão sempre relacionadas com a vida do mar. As nazarenas tinham o hábito de esperar os maridos e filhos, da volta da pesca, na praia, sentadas no areal, passando aí muitas horas de vigília. Usavam as várias saias para se cobrirem, as de cima para protegerem a cabeça e ombros do frio e da maresia e as restantes a taparem as pernas, estando desse modo sempre "compostas".
De acordo com outras opiniões, as mulheres usariam sete saias para as ajudar a contar as ondas do mar (isto porque "o barco só encalhava quando viesse raso, ora as mulheres sabiam que de sete em sete ondas alterosas o mar acalmava; para não se enganarem nas contas elas desfiavam as saias e quando chegavam à última, vinha o raso e o barco encalhava "). Certo é que a mulher foi adotando o uso das sete saias nos dias de festa , e a tradição começou e continua até ao presente.
No entanto, no traje de trabalho são usadas, normalmente, um menor número de saias (3 a 4).
No traje de festa as saias interiores são brancas, sobre essas duas ou três ou mesmo mais de flanela colorida, debruadas a renda ou crochet de várias cores, cobrindo- as, a saia de cima de escocês plissada ou de chita azul com barra de veludo preto, cobertas por um avental de cetim artísticamente bordado; casaco florido com mangas de renda ou de veludo bordado na gola e nos punhos; lenço cachené e chapéu , capa preta; chinelas de verniz; cordão e brincos de ouro. A nazarena mostra assim, com orgulho, a riqueza da família através do traje.
O traje de trabalho é mais pobre em cor e em tecidos, com duas ou três saias de baixo, que variam consoante a época do ano (inverno / verão); saia de cima simples e avental sem bordados, mas com uma renda aplicada e com bolso; cachené e xaile traçado. Existe ainda um terceiro traje - o das viúvas, todo preto e sem rendas ou bordados, com as saias de baixo brancas; sendo este usado atualmente apenas pelas mulheres mais idosas.
O traje nazareno feminino continua a ser usado no dia a dia pelas mulheres de mais idade, sobretudo as mais ligadas ao mar e à venda de peixe. O traje de festa é normalmente usado por todas na época de carnaval(de 3 de fevereiro - São Brás - até terça feira de carnaval ), domingo de Páscoa e também pelos Ranchos Folclóricos da Nazaré.
É importante salientar que o traje nazareno feminino não parou no tempo, nem se tornou uma peça museológica. É um traje que renasce cada ano, tornando a Nazaré única entre as demais.
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