Blusa de tecido de algodão estampado , com cós, espelho contornado com folho e abertura nas costas; manga comprida folgada com punho.
Saia comprida de tecido de algodão aos quadradinhos pretos e brancos, franzida na cintura. Avental de tecido manual de lã castanha (serguilha), decorado com fitas brancas na orla.
Algibeira suspensa na cintura , decorada com bordado . Lenço estampado na cabeça , com uma ponta levantada sobre o chapéu de feltro preto, de copa redonda e abas largas reviradas.
Calça chinelas sem meias e nas mãos sugura uma canastra.
No início do século XX, a blusa, peça de indumentária burguesa de origem francesa , popularizou- se muito. De princípio não substituiu a camisa de uso ancestral, mas escondeu - a assim como o colete , passando ambos a fezer parte do vestuário interior. Também as saias , que as mulheres trabalhadoras arregaçavem ou encilhavam levemente com a ajuda da faixa, ir- se- ão pouco a pouco encurtando e perdendo a roda , a partir do final da primeira Guerra Mundial.
No começo do século e ainda por largos anos , o chapéu era um acessório indispensável , devido ao seu caráter funcional de proteção da cabeça quando esta servia de apoio e suporte no transporte do peixe, do sal ou de qualquer outro carrego.
Fonte: O trajo regional em Portugal , de Tomáz Ribas.