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terça-feira, 26 de abril de 2011

FESTA DAS CRUZES - BARCELOS

É a primeira grande romaria do Norte, um misto de animação, luz, cor e alegria. É a Festa de Barcelos e do seu concelho, dos Barcelenses e forasteiros.É inegável que as Festas das Cruzes são, entre as festas populares minhotas, as mais famosas e mais conhecidas, sendo por isso uma das romarias mais concorridas e típicas do Minho e um dos mais importantes acontecimentos da Vida de Barcelos.
A Sua origem remonta ao início do século XVI, onde no ano de 1504, sob o reinado de D. Manuel I, numa sexta-feira, dia 20 de Dezembro, por volta das 9 horas da manhã, quando o sapateiro João Pires regressava da missa da Ermida do Salvador, ao passar no campo da Feira, observou na terra, uma cruz de cor preta. Como não quis guardar só para si aquilo que considerou ser um sinal sagrado, alertou o povo que depressa veio ao local.
“A cruz apareceu sob a forma de uma nódoa negra que ia crescendo até se formar uma cruz perfeita em que a cor não ficava só à superfície mas penetrava em profundidade na terra – por mais que se cave, sempre se acha.”
Este facto que recorda a “Cruz do Senhor Jesus”, fez nascer a devoção ao “Senhor da Cruz”. Primeiramente, surgiu um cruzeiro em pedra, logo em seguida uma ermida, para dois séculos mais tarde ser construído um magnífico templo, que hoje é o epicentro da Festa das Cruzes.
Até ao século XIX, as festas tinham essencialmente um cariz religioso; aí acorriam centenas de romeiros, não só da região de Barcelos, mas de todo o país e da vizinha Galiza. No Século XX, à essência religiosa foram-se adicionando elementos de características profanas, bem visíveis no aspecto lúdico: carrocéis, barracas de diversão, corridas de Cavalos, espectáculos de circo, fogo de artifício, cortejos etnográficos, torneios e concursos, entre muitos outros acontecimentos de natureza Popular.






No dia consagrado ao Bom Jesus da Cruz (3 de Maio, feriado municipal), o realce vai para a procissão,com 89 cruzes paroquiais a representar as 89 freguesias do concelho de Barcelos percorrendo todo o centro histórico .




Outra tradição desta festa, é a batalha das flores , onde figurantes do alto de carros alegóricos atiram petálas de flores nas pessoas.



Vinham a pé, descalços, em romaria, cantando e dançando, com a “condessa” à cabeça onde transportavam o farnel.
Esta era a ocasião, quase única do ano, em que as pessoas das freguesias rurais se deslocavam à cidade e aproveitavam a Festa das Cruzes como pretexto de encontro para os mais velhos que utilizavam a Feira para fazer negócios. Cumpriam também promessas e divertiam-se. Para os mais novos, estes dias serviam para arranjar “namoricos”, “folgar” e marcar novos encontros que muitas vezes davam em namoros e casamentos.
Tal como no passado, as Festas das Cruzes mantêm grande importância a nível económico, cultural e social, e por isso continua a despertar o interesse e a curiosidade de muitos visitantes, especialmente de espanhóis.
É a importância histórica de Barcelos, a sua herança cultural, o desenvolvimento económico, a proximidade física e/ou afectiva com outras gentes e locais, que fazem com que A FESTA DAS CRUZES continue a ser um momento de identidade e diferenciação do concelho de Barcelos.






sábado, 16 de abril de 2011

PROCISSÃO DO ENTERRO DO SENHOR.


Entre muitas tradições da semana Santa em Portugal, destaca-se a procissão do enterro do Senhor , uma importante manifestação de fé e religiosidade popular.

A Procissão do Enterro do Senhor estabeleceu-se em Portugal, pela devoção dos fiéis, nos fins do século XV e princípios do século XVI, mais concretamente entre 1500 e 1510, introduzida pelo Padre Paulo de Portalegre, aquando da sua peregrinação a Jerusalém. Começou a fazer-se no mosteiro beneditino de Vilar dos Frades, Arcebispado de Braga, de onde se estendeu a todas as Catedrais e paróquias de Portugal.Esta procissão começou a ser feita com o Santíssimo Sacramento, da seguinte forma: uma das hóstias consagradas na Missa solene de Quinta-feira Santa, tendo sido exposta à adoração dos fiéis na tarde e noite desse dia e manha da Sexta-feira, era colocada num corporal ou numa patena e encerrada numa urna própria. Sob um palio, era depois conduzida processionalmente para o túmulo, onde se conservava até à aurora do Domingo de Páscoa. Dai era levada em triunfo cantando-se as alegrias pascais. Esteve esta procissão muito difundida em Portugal e foi seguida durante muitos anos no Rito Romano.Por volta de 1606, viria a ser proibida de sair para o exterior das igrejas, o que deu origem a dois modos de a realizar: a procissão pelas ruas, onde o Santíssimo Sacramento foi substituído pela imagem do Senhor Morto, e a procissão no interior das igrejas, que continuou a ser realizada com o Santíssimo. Em algumas paróquias continuou a realizar-se as duas, como ainda hoje acontece em Braga: após a celebração da adoração da Cruz realiza-se no interior da Sé a procissão com o Santíssimo, conhecida por “Procissão Theóforica”(que transporta Deus), e, à noite, pelas ruas, realiza-se a procissão com a imagem do Senhor Morto.Sabe-se que também em Faro e Albufeira, ainda nos anos de 1950 eram realizadas as duas, a primeira organizada pela irmandade do Santíssimo e a segunda pela Irmandade da Misericórdia.