sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
GRUPO FOLCLÓRICO DE SANTA MARTA DE PORTUZELO - VIANA DO CASTELO
O Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo foi fundado em 28 de Maio de 1940 na freguesia de Portuzelo, no concelho de Viana do Castelo, no Norte de Portugal.Fez a sua primeira actuação em público na cidade de Guimarães, durante o terceiro centenário da Independência de Portugal. Desde então, tem sido solicitado para participar em diversos festivais e romarias, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Este foi o primeiro Grupo Folclórico a estar presente no estrangeiro, a maior parte das vezes em representação oficial. Fez diversas digressões a Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Itália, Senegal, Finlândia, Brasil, Suécia, Dinamarca, Canadá e Estados Unidos da América. É considerado Instituição de Utilidade Pública e está filiado no Inatel (CCD nº 3275). Foi membro fundador da Federação do Folclore Português e da Associação dos Grupos Folclóricos do Alto Minho.
O Grupo é normalmente constituído por 50 elementos: 30 mulheres e 20 homens. Os membros do grupo demonstram grande preocupação em recolher, preservar, e divulgar os usos e costumes dos seus antepassados
Visite:http://gfsmartaportuzelo.web.simplesnet.pt/
domingo, 28 de novembro de 2010
TRAJES DE DOMINGAR E DE FESTA DE CAMPONESES ABASTADOS - SÃO MIGUEL - AÇORES
Mulher: Tradicional saia rica de estamenha tecida no tear manual com barra bordada, bordado esse muito trabalhado, cobrindo grande parte inferior da saia, o seu avental também tecido no tear com o mesmo tecido, é como a saia bastante bordado em contraste com a saia, as cores e do avental são sempre garridas, passando pelo azul e rosa, suspiro, azul, preto e vermelho, ou ainda rosa e azul, a camisa ou roupão, sempre de linho branco com refegos, ornada com rendas e entremeios, neste traje vê-se rendas e entremeios muito ricos, e em grande quantidade, o lenço geralmente da cor do bordado da saia, muitas vezes bordado da cor do fundo da saia, e às vezes com quadras de amor, as galochas que neste traje são de madeira com pano bordado, com as cores da saia e avental, as meias de renda e na roupa interior o saiote e o calção, bastante ornamentados com rendas e entremeios brancos.
Homem: Tradicional fato de estamenha tecida no tear manual, composto por calças, casaco e jaleco, o casaco leva na beira um arremate preto, e nos braços uns botões de cores vivas, chapéu de feltro azul escuro por fora e vermelho por dentro, com abas compridas sobre os ombros, as típicas botas de couro preto, com bordo vermelho na parte superior do cano, a camisa de linho branco bordada a azul, com refegos, na qual a mulher disponha todo o seu esmero artístico, pois tinha orgulho no bordado da camisa que o marido usava. Este é um traje usado pelos camponeses abastados do campo e não por nobres ou burgueses, também podia ser de lã preta pura.
Homem: Tradicional fato de estamenha tecida no tear manual, composto por calças, casaco e jaleco, o casaco leva na beira um arremate preto, e nos braços uns botões de cores vivas, chapéu de feltro azul escuro por fora e vermelho por dentro, com abas compridas sobre os ombros, as típicas botas de couro preto, com bordo vermelho na parte superior do cano, a camisa de linho branco bordada a azul, com refegos, na qual a mulher disponha todo o seu esmero artístico, pois tinha orgulho no bordado da camisa que o marido usava. Este é um traje usado pelos camponeses abastados do campo e não por nobres ou burgueses, também podia ser de lã preta pura.
Fonte: Grupo Folclórico de Cantares e Balhados da Relva
domingo, 21 de novembro de 2010
RANCHO TÍPICO DE SANTA MARIA DA REGUENGA
Fundado em 1956 na freguesia da Reguenga do concelho de Santo Tirso, o Rancho Típico de Santa Maria da Reguenga, é uma das colectividades mais típicas e características da sua região.
Situado no Vale do Leça o seu folclore foi nitidamente influenciado pelo folclore Minhoto e Maiato.
Mantendo-se inalteráveis ao longo dos anos, os seus trajes remontam aos finais do séc. XVIII, destacando-se os de Galinheira e Lavradeira Rica.
Com actuações de Norte a Sul de Portugal, incluindo Açores e Madeira, este grupo já efectuou digressões por Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e Brasil.
Membro fundador da Federação de Folclore Português e organizador de um elevado número de iniciativas de carácter etnográfico e folclórico, o Rancho Típico de Santa Maria da Reguenga tem contado como primordial objectivo a preservação e divulgação genuína do folclore do Vale do Leça.
Situado no Vale do Leça o seu folclore foi nitidamente influenciado pelo folclore Minhoto e Maiato.
Mantendo-se inalteráveis ao longo dos anos, os seus trajes remontam aos finais do séc. XVIII, destacando-se os de Galinheira e Lavradeira Rica.
Com actuações de Norte a Sul de Portugal, incluindo Açores e Madeira, este grupo já efectuou digressões por Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e Brasil.
Membro fundador da Federação de Folclore Português e organizador de um elevado número de iniciativas de carácter etnográfico e folclórico, o Rancho Típico de Santa Maria da Reguenga tem contado como primordial objectivo a preservação e divulgação genuína do folclore do Vale do Leça.
Malhão Traçado:
Fado:
sábado, 2 de outubro de 2010
TRAJE DE RAPÃO - PERRE - VIANA DO CASTELO
Os rapões eram homens que iam à cidade (Viana) para rapar os restos, de peixe e sargaço, dos barcos que chegavam da faina. Rapavam também as fossas das casas da cidade. Os materiais recolhidos eram utilizados como fertilizante nas suas terras. O Traje é composto por: calça de linho, ou estopa, branca. Não tem bolsos nem abertura e aperta com elástico na cintura. A camisa é branca, em linho ou estopa, e sobre ela veste um colete preto, de fazenda à frente e de um tecido inferior atrás, que aperta com botões à frente. Na cabeça usa um carapuço preto ou um chapéu de feltro preto. Protege as pernas com polainas de saragoça e calça tamancos. Nas mãos transporta os utensílios do seu trabalho: pau e gadanho.
Fonte: Grupo de Danças e Cantares de Perre - Viana do Castelo.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE FOLCLORE DE PAÇOS - FAFE
A Associação Cultural e Recreativa de Folclore de Paços (ACRFP) - Fafe foi fundada em 13 de Dezembro de 1991, tendo como objectivo dar continuidade às tradições e reviver os cantares e dançares do Baixo Minho, levando sempre consigo a alegria e o bom folclore.
Esta Associação tem um enorme leque de participações em Festas e Romaria da região, tendo também participado em diversos Festivais Folcloricos, e contando já com uma participação em França em 2002. Esta Colectividade tem cerca de 50 associados e neste momento etá sediada no Antigo Edificio da Pré-Escola desta Freguesia.
Lançaram o seu prmeiro trabalho discografico em Julho de 2008, e encontra-se ao dispôr de quem o queira adquirir. No seu reportorio constam músicas como: Cana Verde Nova, Vira da Nossa Terra, Cana Verde Velha, Ó meu Amorzinho, Chula, Ai Morena, Siga a Rusga, A Desfolhada, Roubada, Vira de Saida, Cana Verde Picada, Aí sim Amanhã Vou-me embora, Velho, Vira vai de Roda, Rosinha, Ramona, Bate Bate Mariquinhas, Pai da Ritinha, Vira de Cruz, sendo que 15 destas músicas encontram-se disponiveis no CD.
Destaca-se esta Associação pelos seus diversos, ricos e trabalhados trages, onde se destacam o de Ceifeira, Chamadeira de Gado, Domingueiros, Festa, Lavradeira, Noivos, e entre outros.
ACRFP, encontra-se aberta acolher novos associados, tanto para Dançar, como para o Coro. Ainda é de frisar que se encontram disponiveis para actuações.´ Contactos para actuações ou para conhecer melhor esta associação:
Esta Associação tem um enorme leque de participações em Festas e Romaria da região, tendo também participado em diversos Festivais Folcloricos, e contando já com uma participação em França em 2002. Esta Colectividade tem cerca de 50 associados e neste momento etá sediada no Antigo Edificio da Pré-Escola desta Freguesia.
Lançaram o seu prmeiro trabalho discografico em Julho de 2008, e encontra-se ao dispôr de quem o queira adquirir. No seu reportorio constam músicas como: Cana Verde Nova, Vira da Nossa Terra, Cana Verde Velha, Ó meu Amorzinho, Chula, Ai Morena, Siga a Rusga, A Desfolhada, Roubada, Vira de Saida, Cana Verde Picada, Aí sim Amanhã Vou-me embora, Velho, Vira vai de Roda, Rosinha, Ramona, Bate Bate Mariquinhas, Pai da Ritinha, Vira de Cruz, sendo que 15 destas músicas encontram-se disponiveis no CD.
Destaca-se esta Associação pelos seus diversos, ricos e trabalhados trages, onde se destacam o de Ceifeira, Chamadeira de Gado, Domingueiros, Festa, Lavradeira, Noivos, e entre outros.
ACRFP, encontra-se aberta acolher novos associados, tanto para Dançar, como para o Coro. Ainda é de frisar que se encontram disponiveis para actuações.´ Contactos para actuações ou para conhecer melhor esta associação:
Telefone: 253506815
Páginas na Internet: acrfp.blogspot.com; ranchopacos.blogspot.com
terça-feira, 31 de agosto de 2010
ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DESPORTIVA RANCHO FOLCLÓRICO DE TENDAIS - CINFÃES , VISEU
O Rancho Folclórico de Tendais foi fundado em Junho de 1978, como Rancho Folclórico da Casa do Povo de Tendais.
Em 16 de Setembro de 1991, foi lavrada a escritura onde é constituída a Associação Cultural Recreativa e Desportiva – Rancho Folclórico de Tendais (Refª. DR Nº 271, III SÉRIE, Pág. 20346 de 25/11/91).
A sua primeira actuação realizou-se no dia 10 de Junho de 1978, na Malhada, local onde anualmente se realizam os seus Festivais de Folclore.
É membro efectivo da Federação do Folclore Português e do Inatel.
Do seu longo e rico palmarés, constam actuações em vários pontos do nosso País, bem como em alguns países da Europa, representando desse modo, nos mais variados certames, a freguesia de Tendais e o concelho de Cinfães.
Os seus trajes, danças, cantares e instrumental são típicos da região onde está inserido (DOURO SUL) – freguesia de Tendais e concelho de Cinfães. Dos trajes merecem saliência os de “Pastores”, “Ceifeiros” e em especial “O Homem da Caroça”.
A CAROÇA é feita de junco, uma planta resistente, e daí, um resguardo imprescindível para o deitador de água, principalmente em épocas do ano muito adversas.
Das danças de salão, é de uma beleza indescritível a coreografia do “Fado”, da “Chula” e da “Contradança”.
Neste Grupo ainda se podem ouvir os sons melodiosos da concertina e do violino, sucedâneo da antiga “rabeca”, acompanhados do violão, viola, ferrinhos, bombo e cavaquinho.
Tendais, foi o berço de Serpa Pinto. Foi em 20 de Abril de 1846, na Quinta das Poldras, que Tendais viu nascer o explorador e louvado administrador africano e que faleceu em 1900. Foi em 1877 que, Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto, conduziu a primeira expedição Portuguesa para África.
Tendais não é uma terra rica em Monumentos, mas as suas paisagens e a sua cultura são dignas de ser conhecidas e apreciadas. Tendais situa-se a norte da serra do Montemuro, tem a sua maior altitude no Perneval, a 1270m e serve de varandim ao rio Bestança.
Em 16 de Setembro de 1991, foi lavrada a escritura onde é constituída a Associação Cultural Recreativa e Desportiva – Rancho Folclórico de Tendais (Refª. DR Nº 271, III SÉRIE, Pág. 20346 de 25/11/91).
A sua primeira actuação realizou-se no dia 10 de Junho de 1978, na Malhada, local onde anualmente se realizam os seus Festivais de Folclore.
É membro efectivo da Federação do Folclore Português e do Inatel.
Do seu longo e rico palmarés, constam actuações em vários pontos do nosso País, bem como em alguns países da Europa, representando desse modo, nos mais variados certames, a freguesia de Tendais e o concelho de Cinfães.
Os seus trajes, danças, cantares e instrumental são típicos da região onde está inserido (DOURO SUL) – freguesia de Tendais e concelho de Cinfães. Dos trajes merecem saliência os de “Pastores”, “Ceifeiros” e em especial “O Homem da Caroça”.
A CAROÇA é feita de junco, uma planta resistente, e daí, um resguardo imprescindível para o deitador de água, principalmente em épocas do ano muito adversas.
Das danças de salão, é de uma beleza indescritível a coreografia do “Fado”, da “Chula” e da “Contradança”.
Neste Grupo ainda se podem ouvir os sons melodiosos da concertina e do violino, sucedâneo da antiga “rabeca”, acompanhados do violão, viola, ferrinhos, bombo e cavaquinho.
Tendais, foi o berço de Serpa Pinto. Foi em 20 de Abril de 1846, na Quinta das Poldras, que Tendais viu nascer o explorador e louvado administrador africano e que faleceu em 1900. Foi em 1877 que, Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto, conduziu a primeira expedição Portuguesa para África.
Tendais não é uma terra rica em Monumentos, mas as suas paisagens e a sua cultura são dignas de ser conhecidas e apreciadas. Tendais situa-se a norte da serra do Montemuro, tem a sua maior altitude no Perneval, a 1270m e serve de varandim ao rio Bestança.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
ROMARIA SENHORA D'AGONIA 2010 - VIANA DO CASTELO
7 AGOSTO A 22 DE AGOSTO
Feira de Artesanato Contemporaneo e Artesanato Tradicional
19 AGOSTO – QUINTA FEIRA
22h00 Espectáculo na Rua dos Mareantes ( Zona Portuária)
Junto à Muralha do Castelo de Santiago da Barra, arraial popular
Início da confecção dos tapetes floridos nas ruas da ribeira.
20 AGOSTO – SEXTA FEIRA
DIA DE NOSSA SENHORA D’AGONIA
08h30 Ouvem-se já os morteiros… 21, anunciando o primeiro dia da “Rainha das Romarias de Portugal” e com eles o atroar dos Zés P’reiras e das Bandas de Música; e a compasso, o dançar dos Gigantones e Cabeçudos que, na Praça da República, a nossa Sala de Visitas, dão início à mais tradicional das romarias de Portugal: a ROMARIA DE NOSSA SENHORA D’AGONIA.
GRANDE FEIRA
No Campo do Castelo e Praça General Barbosa, constituindo, pela sua genuinidade e animação, um dos mais interessantes e típicos aspectos das gentes deste concelho do Alto – Minho.
TAPETES FLORIDOS – Visita
Na manhã deste dia, torna-se obrigatória a visita ao trabalho das gentes da nossa Ribeira que, durante toda a noite labutaram, não na sua habitual e perigosa faina, mas na confecção desses maravilhosos tapetes floridos que cobrem as suas ruas tão típicas, numa manifestação do seu amor pela Santa Padroeira.
09h30 ABERTURA DO CIRCUITO DO FEIRÃO (6 PONTOS DA CIDADE)
Onde poderá encontrar, conviver e saborear alguns dos mais famosos petiscos das gentes das nossas freguesias. Ali estarão cinco dos muitos Grupos Folclóricos do nosso concelho, instalados em pavilhões dispersos pela cidade, exibindo em simultâneo a riqueza dos seus trajes, cantares e suas danças, além dos petiscos…
10h00 DESFILE DA MORDOMIA
As Mordomas são as Rainhas da Festa. Raparigas solteiras – sem fama – que fazem os seus primeiros ex-votos de amor na Romaria da Nossa Senhora d’Agonia apresentando-se oficialmente na cidade e nos cumprimentos ao Governador Civil, à “nossa” Câmara Municipal, ao Bispo da Diocese.
Trajes de Mordoma, Morgada, Luxar no seu colorido de vermelhos, azuis e verdes, no seu primeiro “vira” de debutantes; na sua primeira “função” das Mordomarias.
12h30 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
O Praça da Républica será o cenário desta primeira e tão típica manifestação.
14h00 CONCERTO MUSICAL
No coreto do Largo de S. Domingos pela Banda de Música de Sanguinhedo.
14h30 SOLENE CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
Presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira, Bispo da Diocese.
Finda a SANTA MISSA CAMPAL sairá do Santuário de Nossa Senhora d’Agonia a tradicional PROCISSÃO DOS PESCADORES com os andores de Nossa Senhora d’Agonia, Nossa Senhora dos Mares, S. Pedro e Sr.ª de Monserrate a caminho do Cais dos Pilotos, onde, depois da alocução, será dada a “Bênção ao Mar” e às embarcações, seguindo-se-lhe a PROCISSÃO AO MAR E AO RIO, sendo as embarcações que transportam os referidos andores acompanhadas de dezenas doutras, numa espontânea procissão e manifestação da fé dos pescadores à sua Padroeira.
O regresso ao Santuário será feito por aquelas ruas da nossa Ribeira belamente atapetadas e
decoradas com motivos piscatórios.
Nota: Os maravilhosos tapetes poderão ser admirados durante todo o dia, até à hora do retorno da Procissão, cerca das 17 horas.
21h00 VAMOS PARA O FESTIVAL
Zés P’reiras, Bandas de Música e Grupos Folclóricos, em sintonia com o muito povo que se incorpora neste desfile, fazem a festa, descendo a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em direcção ao Jardim Marginal espectáculos
22h00 FESTIVAL DE FLOCLORE
No coreto da Praça d'Marina , Rua dos Mareantes e Pr. da Liberdade.
21 AGOSTO – SÁBADO
08h30 ALVORADA
Repete-se, como em todos os dias, na Praça da República e nos moldes tão tradicionais.
GRANDE FEIRA
Continuará nos locais estabelecidos e com a mesma animação
09h30 CONCERTO MUSICAL
No coreto da Praça da República pela Banda Bingre Canelense.
12h30 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
Agora, na Praça da República os Grupos de Zés P’reiras e de Bombos, com o habitual barulho ensurdecedor prestam homenagem aos Gigantones e Cabeçudos.
14h30 CONCERTOS MUSICAIS
16h00 CORTEJO ETNOGRÁFICO
16h30 ORAÇÃO DE VÈSPERAS
No Santuário de Nossa Senhora D’Agonia.
21h30 VAMOS PARA O FESTIVAL
Zés P’reiras, Bandas de Música e Grupos Folclóricos, em sintonia com o muito povo que se incorpora neste desfile, fazem a festa, descendo a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em direcção ao Jardim Marginal.
22h00 FESTIVAL NO JARDIM
No palco do Anfiteatro do Jardim da Marina e no palco da Praça da Liberdade poderemos assistir ao encanto e beleza dos Trajes, das danças e das músicas de Grupos Folclóricos,
exclusivamente do nosso concelho.
Também poderemos deliciar-nos com a Banda de Música Bingre Canelense no coreto da Praça da República e da Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo no coreto do Jardim Marginal, enquanto aguardamos pela espectacular sessão de fogo de artifício, nesta noite o afamado “FOGO DA FESTA”.
ARRAIAL
No Campo do Castelo e Praça General Barbosa com todas as diversões em funcionamento.
Sessão de FOGO DO MEIO OU DA SANTA, que melhor poderá ser admirada na Praça de Viana ou Praça da Ribeira, (junto à antiga Torre dos Pilotos), onde prosseguirá o “Arraial Minhoto”..
22 AGOSTO – DOMINGO
08h30 ALVORADA
Nos mesmos locais da cidade em que decorreu a anterior e nos mesmos moldes.
GRANDE FEIRA
Continuará nos locais habituais.
10h00 CONCERTOS MUSICAIS
12h00 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
De novo na Praça da República com toda a riqueza dos seus movimentos, do atroar dos bombos e com esfuziante alegria.
15h00 CONCERTOS MUSICAIS
17h00 PROCISSÃO SOLENE DA SENHORA D’AGONIA
É organizada pela Real Irmandade de Nossa Senhora da Agonia e será presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor D. José Augusto Pedreira, o nosso Bispo. Desfilará por algumas das ruas da cidade e, como sempre, seduzirá pelo rigor das suas vestes e dos seus Quadros Bíblicos.
(ver programa especial).
21h30 CONCERTOS MUSICAIS
Nos coretos da Praça da República pela Banda de Música da Casa do Povo de Moreira do Lima e do Largo de S. Domingos pela Banda da Escola de Música da Quinta do Picado.
22h00 FESTA DO TRAJE
Tem lugar no Castelo de Santiago da Barra.
Um só palco, mas com três funções diferentes. Uma explicação pormenorizada: o vestir da “lavradeira”, da “mordoma” e da “noiva”; o trajo do “cotio”, “domingar”, “peditório”, “ir à feira”, as “meias senhoras” e as” Morgadas”.
O pormenor da filigrana, das jóias tradicionais; duma identidade cultural - também Memórias de Fidalguia, como se de um ex-voto à Terra-Nai se tratasse - que levam à ribalta citadina e europeia, ao Mundo, o “Traje” e o “ourar” de Viana, a “marca” de Portugal. Por isso a nossa Homenagem (durante a Festa do Traje), a Kátia Guerreiro, Dulce Pontes, Mariza, Teresa Salgueiro, pelos seus “brincos à Rainha” e diversos adereços do “traje à moda de Viana” que apresentam nos seus espectáculos. O nosso agradecimento, o nosso aplauso. (Ver programa especial)
GRANDE ARRAIAL MINHOTO
As muitas e variadas diversões, as tocatas, os cantares ao desafio, as barracas de “comes e bebes”, as “tendinhas de café” e a alegria do muito povo que nestas noites procura esquecer as “canseiras” do dia a dia, são a garantia de que este popular número de agrado certo, se prolongará pela noite fora, como o mais típico e alegre ARRAIAL que terá lugar no Campo do Castelo e Praça General Barbosa.
Logo que termine a Festa do Traje, será queimado o fogo do ar que é, sem sombra de dúvida, um dos pontos altos do inolvidável ARRAIAL e que tem por nome “FOGO DO MEIO OU DA SANTA”
Nota: para uma melhor apreciação deste espectáculo aconselhamos as pessoas a deslocarem-se para a Praça de Viana ou Praça da Ribeira, (junto à antiga Torre dos Pilotos).
Feira de Artesanato Contemporaneo e Artesanato Tradicional
19 AGOSTO – QUINTA FEIRA
22h00 Espectáculo na Rua dos Mareantes ( Zona Portuária)
Junto à Muralha do Castelo de Santiago da Barra, arraial popular
Início da confecção dos tapetes floridos nas ruas da ribeira.
20 AGOSTO – SEXTA FEIRA
DIA DE NOSSA SENHORA D’AGONIA
08h30 Ouvem-se já os morteiros… 21, anunciando o primeiro dia da “Rainha das Romarias de Portugal” e com eles o atroar dos Zés P’reiras e das Bandas de Música; e a compasso, o dançar dos Gigantones e Cabeçudos que, na Praça da República, a nossa Sala de Visitas, dão início à mais tradicional das romarias de Portugal: a ROMARIA DE NOSSA SENHORA D’AGONIA.
GRANDE FEIRA
No Campo do Castelo e Praça General Barbosa, constituindo, pela sua genuinidade e animação, um dos mais interessantes e típicos aspectos das gentes deste concelho do Alto – Minho.
TAPETES FLORIDOS – Visita
Na manhã deste dia, torna-se obrigatória a visita ao trabalho das gentes da nossa Ribeira que, durante toda a noite labutaram, não na sua habitual e perigosa faina, mas na confecção desses maravilhosos tapetes floridos que cobrem as suas ruas tão típicas, numa manifestação do seu amor pela Santa Padroeira.
09h30 ABERTURA DO CIRCUITO DO FEIRÃO (6 PONTOS DA CIDADE)
Onde poderá encontrar, conviver e saborear alguns dos mais famosos petiscos das gentes das nossas freguesias. Ali estarão cinco dos muitos Grupos Folclóricos do nosso concelho, instalados em pavilhões dispersos pela cidade, exibindo em simultâneo a riqueza dos seus trajes, cantares e suas danças, além dos petiscos…
10h00 DESFILE DA MORDOMIA
As Mordomas são as Rainhas da Festa. Raparigas solteiras – sem fama – que fazem os seus primeiros ex-votos de amor na Romaria da Nossa Senhora d’Agonia apresentando-se oficialmente na cidade e nos cumprimentos ao Governador Civil, à “nossa” Câmara Municipal, ao Bispo da Diocese.
Trajes de Mordoma, Morgada, Luxar no seu colorido de vermelhos, azuis e verdes, no seu primeiro “vira” de debutantes; na sua primeira “função” das Mordomarias.
12h30 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
O Praça da Républica será o cenário desta primeira e tão típica manifestação.
14h00 CONCERTO MUSICAL
No coreto do Largo de S. Domingos pela Banda de Música de Sanguinhedo.
14h30 SOLENE CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
Presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira, Bispo da Diocese.
Finda a SANTA MISSA CAMPAL sairá do Santuário de Nossa Senhora d’Agonia a tradicional PROCISSÃO DOS PESCADORES com os andores de Nossa Senhora d’Agonia, Nossa Senhora dos Mares, S. Pedro e Sr.ª de Monserrate a caminho do Cais dos Pilotos, onde, depois da alocução, será dada a “Bênção ao Mar” e às embarcações, seguindo-se-lhe a PROCISSÃO AO MAR E AO RIO, sendo as embarcações que transportam os referidos andores acompanhadas de dezenas doutras, numa espontânea procissão e manifestação da fé dos pescadores à sua Padroeira.
O regresso ao Santuário será feito por aquelas ruas da nossa Ribeira belamente atapetadas e
decoradas com motivos piscatórios.
Nota: Os maravilhosos tapetes poderão ser admirados durante todo o dia, até à hora do retorno da Procissão, cerca das 17 horas.
21h00 VAMOS PARA O FESTIVAL
Zés P’reiras, Bandas de Música e Grupos Folclóricos, em sintonia com o muito povo que se incorpora neste desfile, fazem a festa, descendo a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em direcção ao Jardim Marginal espectáculos
22h00 FESTIVAL DE FLOCLORE
No coreto da Praça d'Marina , Rua dos Mareantes e Pr. da Liberdade.
21 AGOSTO – SÁBADO
08h30 ALVORADA
Repete-se, como em todos os dias, na Praça da República e nos moldes tão tradicionais.
GRANDE FEIRA
Continuará nos locais estabelecidos e com a mesma animação
09h30 CONCERTO MUSICAL
No coreto da Praça da República pela Banda Bingre Canelense.
12h30 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
Agora, na Praça da República os Grupos de Zés P’reiras e de Bombos, com o habitual barulho ensurdecedor prestam homenagem aos Gigantones e Cabeçudos.
14h30 CONCERTOS MUSICAIS
16h00 CORTEJO ETNOGRÁFICO
16h30 ORAÇÃO DE VÈSPERAS
No Santuário de Nossa Senhora D’Agonia.
21h30 VAMOS PARA O FESTIVAL
Zés P’reiras, Bandas de Música e Grupos Folclóricos, em sintonia com o muito povo que se incorpora neste desfile, fazem a festa, descendo a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra em direcção ao Jardim Marginal.
22h00 FESTIVAL NO JARDIM
No palco do Anfiteatro do Jardim da Marina e no palco da Praça da Liberdade poderemos assistir ao encanto e beleza dos Trajes, das danças e das músicas de Grupos Folclóricos,
exclusivamente do nosso concelho.
Também poderemos deliciar-nos com a Banda de Música Bingre Canelense no coreto da Praça da República e da Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo no coreto do Jardim Marginal, enquanto aguardamos pela espectacular sessão de fogo de artifício, nesta noite o afamado “FOGO DA FESTA”.
ARRAIAL
No Campo do Castelo e Praça General Barbosa com todas as diversões em funcionamento.
Sessão de FOGO DO MEIO OU DA SANTA, que melhor poderá ser admirada na Praça de Viana ou Praça da Ribeira, (junto à antiga Torre dos Pilotos), onde prosseguirá o “Arraial Minhoto”..
22 AGOSTO – DOMINGO
08h30 ALVORADA
Nos mesmos locais da cidade em que decorreu a anterior e nos mesmos moldes.
GRANDE FEIRA
Continuará nos locais habituais.
10h00 CONCERTOS MUSICAIS
12h00 REVISTA DE GIGANTONES E CABEÇUDOS
De novo na Praça da República com toda a riqueza dos seus movimentos, do atroar dos bombos e com esfuziante alegria.
15h00 CONCERTOS MUSICAIS
17h00 PROCISSÃO SOLENE DA SENHORA D’AGONIA
É organizada pela Real Irmandade de Nossa Senhora da Agonia e será presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Senhor D. José Augusto Pedreira, o nosso Bispo. Desfilará por algumas das ruas da cidade e, como sempre, seduzirá pelo rigor das suas vestes e dos seus Quadros Bíblicos.
(ver programa especial).
21h30 CONCERTOS MUSICAIS
Nos coretos da Praça da República pela Banda de Música da Casa do Povo de Moreira do Lima e do Largo de S. Domingos pela Banda da Escola de Música da Quinta do Picado.
22h00 FESTA DO TRAJE
Tem lugar no Castelo de Santiago da Barra.
Um só palco, mas com três funções diferentes. Uma explicação pormenorizada: o vestir da “lavradeira”, da “mordoma” e da “noiva”; o trajo do “cotio”, “domingar”, “peditório”, “ir à feira”, as “meias senhoras” e as” Morgadas”.
O pormenor da filigrana, das jóias tradicionais; duma identidade cultural - também Memórias de Fidalguia, como se de um ex-voto à Terra-Nai se tratasse - que levam à ribalta citadina e europeia, ao Mundo, o “Traje” e o “ourar” de Viana, a “marca” de Portugal. Por isso a nossa Homenagem (durante a Festa do Traje), a Kátia Guerreiro, Dulce Pontes, Mariza, Teresa Salgueiro, pelos seus “brincos à Rainha” e diversos adereços do “traje à moda de Viana” que apresentam nos seus espectáculos. O nosso agradecimento, o nosso aplauso. (Ver programa especial)
GRANDE ARRAIAL MINHOTO
As muitas e variadas diversões, as tocatas, os cantares ao desafio, as barracas de “comes e bebes”, as “tendinhas de café” e a alegria do muito povo que nestas noites procura esquecer as “canseiras” do dia a dia, são a garantia de que este popular número de agrado certo, se prolongará pela noite fora, como o mais típico e alegre ARRAIAL que terá lugar no Campo do Castelo e Praça General Barbosa.
Logo que termine a Festa do Traje, será queimado o fogo do ar que é, sem sombra de dúvida, um dos pontos altos do inolvidável ARRAIAL e que tem por nome “FOGO DO MEIO OU DA SANTA”
Nota: para uma melhor apreciação deste espectáculo aconselhamos as pessoas a deslocarem-se para a Praça de Viana ou Praça da Ribeira, (junto à antiga Torre dos Pilotos).
sexta-feira, 23 de julho de 2010
RANCHO FOLCLÓRICO DE ORGENS - VISEU - BEIRA ALTA
Orgens é uma das 34 freguesias do concelho de Viseu. É, na actualidade, uma freguesia urbana já que foi absorvida pelo crescimento natural da cidade de Viseu. O Rancho Folclórico de Orgens é o movimento associativo mais duradoiro de toda a freguesia e responsável pela sua evolução sócio-cultural. A forma organizada do Rancho surge em 1938, pela mão de Carlos Oliveira Coelho, e nessa altura dava pelo nome de "Rancho Folclórico Flores da nossa Aldeia". O Rancho de Orgens mantém a pureza do Cancioneiro de Viseu e recria com fidelidade esses gestos e atitudes do viver antigo, centrado nos valores criados pela ruralidade das suas gentes. O Rancho é parte constituinte do Centro Social Cultural Desportivo e de Defesa
do Património de Orgens, encontrando-se registado na Federação do Folclore Português e é também associado do INATEL. Este rancho, canta e dança o produto da recolha feita no seu território, cujos limites abarcam arretos dos alqueves da terra beirã, o que só valoriza e expande. Ainda hoje, o Rancho Folclórico de Orgens, relembra as suas festas mais tradicionais actuando para comemorar essas festividades que se prolongam para lá das tradições e dos tempos. O Rancho Folclórico de Orgens tem mantido os seus costumes que vão de encontro à riqueza histórica em que a freguesia de Orgens se insere, pretende levar a toda a gente, através das suas actuações, um pouco da cultura tradicional duma forma viva e actuante, como se fora um Museu Itinerante. O Festival de Folclore de Orgens é realizado anualmente no último domingo do mês de Julho. O Rancho de Orgens é parte integrante e fundadora do EIRANÇAS - Companhia Nacional de Danças da Beira a par do Grupo os Serranos de Belazaima - Águeda e do Rancho do Brinca - Coimbra. O Centro Social e Cultural de Orgens abriga o Rancho Folclórico e a sua Tuna Regional e tem a sua sede no Lote 6 do Olival - Orgens-Viseu.
**********************************
quinta-feira, 22 de julho de 2010
GRUPO REGIONAL DE DANÇAS E CANTARES DO MONDEGO - COIMBRA - BEIRA LITORAL
Com o objectivo de representar a sua identidade social e cultural, em Abril do ano de 1977 fundou-se o Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego.
Inserido no Distrito de Coimbra, este grupo orgulha-se de ser uma prova viva de que a tradição, os usos e os costumes não se podem deixar esquecer.
Filiado no INATEL e membro efectivo da Federação do Folclore Português, o Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, é composto nos dias de hoje por 48 elementos.
Desde cedo que o êxito das suas representações se evidenciou, e a prová-lo está a enorme lista de representações quer nacionais, quer internacionais.
A nível nacional tem atuações em todo Portugal Continental mais Ilhas. Tem representações em diversos Cortejos Histórico-Etnográficos da região de Coimbra, Cortejos Históricos comemorativos dos 650 anos da morte de Inês de Castro, três actuações no Casino do Estoril, participação no programa da RTP- Praça da Alegria, participação no Festival do C.O.F.I.T. na Ilha Terceira, representação no Festival da Camacha na Madeira, e muitas participações em vários festivais organizados em Portugal.
No que diz respeito a representações internacionais, este grupo tem o orgulho de representar Portugal por diversas vezes nos muitos eventos em que participa.
Temos então representações em França, na Bélgica, em Espanha, na Holanda, na Alemanha, na Áustria e na Eslovénia.
Inserido no Distrito de Coimbra, este grupo orgulha-se de ser uma prova viva de que a tradição, os usos e os costumes não se podem deixar esquecer.
Filiado no INATEL e membro efectivo da Federação do Folclore Português, o Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, é composto nos dias de hoje por 48 elementos.
Desde cedo que o êxito das suas representações se evidenciou, e a prová-lo está a enorme lista de representações quer nacionais, quer internacionais.
A nível nacional tem atuações em todo Portugal Continental mais Ilhas. Tem representações em diversos Cortejos Histórico-Etnográficos da região de Coimbra, Cortejos Históricos comemorativos dos 650 anos da morte de Inês de Castro, três actuações no Casino do Estoril, participação no programa da RTP- Praça da Alegria, participação no Festival do C.O.F.I.T. na Ilha Terceira, representação no Festival da Camacha na Madeira, e muitas participações em vários festivais organizados em Portugal.
No que diz respeito a representações internacionais, este grupo tem o orgulho de representar Portugal por diversas vezes nos muitos eventos em que participa.
Temos então representações em França, na Bélgica, em Espanha, na Holanda, na Alemanha, na Áustria e na Eslovénia.
Todas estas deslocações ao estrangeiro originaram a que o Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego dignificasse a sua bandeira além fronteiras.
Este grupo representa um povo com um carácter muito particular. A convivência constante com a cultura rural e citadina, moldaram o caráter de um povo onde se misturava harmoniosamente a serenidade do campo com o fervilhar da cidade.
Nesta combinação se reflectiam nas formas de trajar, cantar e dançar, bem como usos e costumes que, de geração em geração, foram chegando grande parte deles até aos nossos dias. É esse trabalho de divulgação que cabe hoje em dia ao Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, nunca deixando assim cair no esquecimento os costumes das suas gentes.
Este grupo representa um povo com um carácter muito particular. A convivência constante com a cultura rural e citadina, moldaram o caráter de um povo onde se misturava harmoniosamente a serenidade do campo com o fervilhar da cidade.
Nesta combinação se reflectiam nas formas de trajar, cantar e dançar, bem como usos e costumes que, de geração em geração, foram chegando grande parte deles até aos nossos dias. É esse trabalho de divulgação que cabe hoje em dia ao Grupo Regional de Danças e Cantares do Mondego, nunca deixando assim cair no esquecimento os costumes das suas gentes.
Trajes: Camponeses da margem esquerda, Camponeses da margem direita, Mondadeira de Arroz, Lavradores Abastados, Senhores Ricos, Noivos, Traje de ir à Cidade, de ir à Feira, Vendedeiras, Traje de Festa, Tricanas dos Arrabaldes e da Cidade e Tricana de Coimbra.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ADUFE
Adufe, instrumento musical português. É um pandeiro bimembranofone quadrangular. No seu interior são colocadas sementes ou pequenas soalhas a fim de enriquecer a sonoridade. Os lados do caixilho medem aproximadamente 45 centímetros. O adufe é segurado pelos polegares de ambas as mãos e pelo indicador da mão direita, deixando deste modo os outros dedos livres para percutir o instrumento.
Foi introduzido pelos árabes na península Ibérica entre os séculos VIII e XII. Hoje, encontra-se essencialmente concentrado no centro-leste de Portugal (distrito de Castelo Branco), onde é executado exclusivamente por mulheres, acompanhando o canto sobretudo por ocasião das festas e romarias.
Na tradição oral, nomeadamente nos versos de algumas canções que são acompanhadas pelo adufe, é referida a madeira do instrumento como sendo de "pau de laranjeira". Esta referência, de certo simbólica pela ligação entre a flor de laranjeira e o matrimónio, é reforçada por outra particularidade da construção do instrumento que refere ser a pele de uma das membranas de um animal macho e a outra de um animal fêmea. Dizem as tocadoras de adufe que a razão de ser desta diversidade se traduz na harmonia do instrumento e na maneira como ele soa. Este testemunho dá pistas para a iconografia mágica ligada ao instrumento, à sua construção e mesmo à sua utilização, que tradicionalmente era reservada a executantes femininos.
Também a sua forma quadrada, ao tornar mais difícil a manutenção da pele esticada, levanta questões sobre o carácter simbólico do instrumento e acentua a sua particularidade face ao "bendir" árabe ou ao "bodrum", seu congénere céltico.
Foi introduzido pelos árabes na península Ibérica entre os séculos VIII e XII. Hoje, encontra-se essencialmente concentrado no centro-leste de Portugal (distrito de Castelo Branco), onde é executado exclusivamente por mulheres, acompanhando o canto sobretudo por ocasião das festas e romarias.
Na tradição oral, nomeadamente nos versos de algumas canções que são acompanhadas pelo adufe, é referida a madeira do instrumento como sendo de "pau de laranjeira". Esta referência, de certo simbólica pela ligação entre a flor de laranjeira e o matrimónio, é reforçada por outra particularidade da construção do instrumento que refere ser a pele de uma das membranas de um animal macho e a outra de um animal fêmea. Dizem as tocadoras de adufe que a razão de ser desta diversidade se traduz na harmonia do instrumento e na maneira como ele soa. Este testemunho dá pistas para a iconografia mágica ligada ao instrumento, à sua construção e mesmo à sua utilização, que tradicionalmente era reservada a executantes femininos.
Também a sua forma quadrada, ao tornar mais difícil a manutenção da pele esticada, levanta questões sobre o carácter simbólico do instrumento e acentua a sua particularidade face ao "bendir" árabe ou ao "bodrum", seu congénere céltico.
Na Beira Baixa, sobretudo no distrito de Castelo Branco (7000 km2), o adufe é ainda na primeira metade de século XX o instrumento fundamental da região; ele ouve-se ali a acompanhar toda a espécie de cantares, profanos e festivos, danças e canções de trabalho; e outros de carácter religioso e de romaria. Trata-se porém de um instrumento festivo. O repertório é de uma extraordinária riqueza pela variedade de ritmos, por vezes muito complexos.O adufe é empunhado bastante alto, em frente à cara, com um canto para cima, segurado por um lado, entre as pontas do polegar e do indicador esquerdo sobre as peles de cada face (sem encostar o resto da mão), e mais a meio do aro, apoiado do outro lado contra o polegar da mão direita sobre o aro. Os dedos de cada mão batem sempre ao mesmo tempo, mas ficam soltos.
O interesse por este instrumento cresceu particularmente após o concurso criado pelo Secretariado de Propaganda Nacional do Estado Novo em 1938: o concurso da "Aldeia mais Portuguesa de Portugal". Monsanto e Paúl eram as duas aldeias representes desta região, e Monsanto ganhou. Durante o processo do concurso e depois, os registos do material musical intensificaram-se.
Indicação: Instrumentos Populares Portugueses (3ª Edição)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
GRUPO FOLCLÓRICO E CULTURAL DANÇAS E CANTARES DE CARREÇO - VIANA DO CASTELO
O Grupo Folclórico e Cultural Danças e Cantares de Carreço é uma associação cultural fundada em 6 de Agosto de 1974, com o objectivo de promover a investigação, a defesa e divulgação dos valores históricos, artísticos e antropológico-culturais da região de Viana do Castelo, dando especial destaque à freguesia de Carreço.Carreço, “com os pés no Oceano Atlântico e com a cabeça engrinaldada de verdura” é uma freguesia suburbana situada a norte de Viana do Castelo, e apresentando uma paisagem de quadros diversos, partindo de um litoral arenoso, espairando-se por uma veiga ubérrima, apenas interrompida pela colina de Montedor, para ocupar uma zona de encosta até se finar na montanha.Ao longo dos seus anos de existência, o G.F.C.D.C.C. tem apresentado e divulgado o seu folclore, dando a conhecer os seus usos e costumes tradicionais, através das suas danças, dos seus cantares e dos seus variados e coloridos trajes.Este quadro da vida rural, mantido vivo pelas diversas actividades anuais do grupo, deve-se ao riquíssimo legado cultural deixado pelos antepassados cuja principal fonte de sustentação assentava na agricultura. Fainas diárias, tais como ceifas, sachadas de milho, desfolhadas e malhadas constituíam motivo suficiente para o surgimento espontâneo de cantos e danças no campo, nas eiras ou em qualquer terreiro; e em consequência directa, os trajes surgem dos materiais que a agricultura fornecia: o linho, a lã e a estopa, instituindo assim o folclore em Carreço.Com o decorrer do tempo e com o auxílio precioso da investigação, esta associação aperfeiçoou-se em todos os domínios da sua actividade: o canto, a música, a dança e o modo de trajar. Houve evolução no seu modo de saber-fazer, saber-ser e saber-estar e isso abriu-lhe novos horizontes, permitindo-lhe atravessar fronteiras e oceanos, e percorrer o Mundo.Depois de já ter divulgado o seu folclore nos mais variados pontos do país, participando nas mais diversas actividades (festas, romarias, obras de beneficência e festivais de folclore), teve oportunidade de se deslocar, várias vezes à vizinha Espanha (Burela, Gijon, Oviedo, Saragoça, Pamplona, Múrcia e Astúrias, entre outras). O grupo foi convidado, em 1995, a participar em diversas manifestações folclóricas no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, e mais tarde, em 1998, nas cidades brasileiras de S.Paulo, Rio de Janeiro, Teresópolis e Jacarepaguá. Participou no tratado de geminação existente entre a cidade de Viana do Castelo e Hendaye, em França, onde actuou em Abril de 1999; voltando a este país por mais três vezes. Da primeira vez, actuou nas cidades de Paris e Macôn, (2001), da segunda, em Nice (2004) e da terceira vez, na província da Bretanha, (2005). No ano de 1999, esta associação deslocou-se pela primeira vez a Itália, mais precisamente à Sicília, onde voltaria 6 anos mais tarde. Já em 2002, regressa a este país para actuar na Universidade de Pavia, e na cidade de Milão. Em 2001, vai à Região Autónoma da Madeira, mostrar o seu folclore. No ano de 2004, o grupo parte em digressão pela península da Escandinávia, participando nos 50 anos do NorskFolkmuseum Dansegruppe de Oslo, na Noruega, na feira artesanal de Gamla Linköping e em Böras, na Suécia. Em 2006, o GFCDCC vai à Hungria onde participa no Festival Internacional de Agria, em Eger e no Carnaval das Flores em Debrecen, ganhando neste festival o Prémio de Grupo Artístico. No ano de 2007, o G.F.C.D.C.C. está presente nos festivais de Nyíregyháza na Hungria, e de Subótica na Sérvia. 2008 é o ano da concretização de uma permuta iniciada em 2006 com o Grupo “Warmia”, da cidade de Olsztyn na Polónia.O grupo cresceu, evoluiu e venceu, mas se esta associação triunfou, foi a expensas de muito trabalho, de muita dedicação e de muita perseverança. Hoje, mais de 30 anos depois, pode-se dizer que o seu percurso foi longo e moroso, todavia dignificante se se considerar a ascensão cultural de que foi objecto, desde a sua fundação. Porque o seu currículo em deslocações é assaz alargado, é-o também em actividades promovidas por si. Festivais de folclore, Janeiras, Festas populares, Jogos Tradicionais, Feirões, e Arraiais Minhotos, são alguns dos empreendimentos culturais que realiza em prol da cultura e em prol da população carrecence.Este grupo é sócio da Federação de Folclore Português, da Associação de Grupos Folclóricos do Alto Minho, e está inscrito no INATEL.
*************************
quarta-feira, 23 de junho de 2010
TRADIÇÕES DO SÃO JOÃO NO PORTO
Em tempos idos, tal como hoje, os moradores dos bairros populares do Porto organizavam-se em comissões, para angariarem donativos, que revertiam para as despesas destinadas a enfeitar as ruas do seu bairro em homenagem ao Santo Precursor.
Festejou-se, entretanto, o São João da Corujeira, de Cedofeita, da Lapa (inicialmente o mais burguês), do Bonfim e do Palácio de Cristal (o eleito dos namorados) – supostamente, sendo em Cedofeita que o povo, primitivamente, se reunia para festejar o santo, com actos religiosos e pagãos (bailaricos, descantes, bombos e violas).
Já referenciados no século XIV, os festejos mudaram-se depois para a Lapa e o Bonfim, locais onde o São João, por volta de 1834, era festejado com a maior animação popular. Nas Fontainhas, por esses anos, começou por se fazer uma «cascata», que criou fama, dando origem a que se deslocassem ali diversos grupos – as rusgas – com roupas festivas, cantos e balões dependurados em ramos, numa afluência de gente ida de todos os cantos do Porto para se divertir e comemorar o santo.
Havia também o hábito de servir café quente, aguardente e aletria. Tanto bastou para que o povo (ainda por isso) acorresse às Fontainhas, aproveitando para lavar o rosto numa fonte existente no local.
Sempre antes de nascer o Sol no dia 24, a manter o ritual da água benta, propiciatória e purificadora.
Nos mercados do Anjo (hoje Praça de Lisboa) e do Bolhão era grande a procura das plantas e ervas sagradas e profilácticas (procura que se mantém), principalmente do indispensável «alho-porro» ou «alho de São João».
É com ele que se bate na cabeça de quem passa, a manter a tradição do desejo ritual de boa sorte e de fortuna. Desde os anos sessenta com o martelinho de plástico colorido a substituir a tradição da planta sagrada, que muitos, felizmente, teimam em levar à festa, no desejo de conservar a antiga praxe (atitude que o santo não deixará, por certo, de ter em conta). Actualmente (recuperado que foi o São João em 1924, após vários anos em que não se realizou), diz-se que “tudo começa e acaba na Ribeira”, estendendo-se às praias da Foz e à Boavista.
Todavia, parece ser no Bonfim que se concentra a maior parte do povo e se faz a grande festa são-joanina portuense, embora os pequenos arraiais dos bairros se espalhem por toda a cidade: Massarelos, Vilar, Miragaia, Entre-Quintas, São Pedro de Azevedo, Cantareira, Terreiro da Catedral, São Nicolau, Bairro da Sé, Cais da Estiva, entre outros.
Arraiais todos eles com ornamentações e iluminações festivas, tasquinhas de comes e bebes, fogueiras e bailaricos, num São João popular, folião, de convívio e alegria.
Por épocas mais antigas o São João no Porto contava já com iluminações e ornamentações nas ruas, música, descantes e danças, barracas de petiscos, diversões de todo o género, marchas dos bairros populares, colchas nas janelas, grandes ramos de carvalho encostados às casas ao longo das ruas, o chão coberto de juncos, espadanas, alecrim, rosmaninho e outras plantas aromáticas, que perfumavam a cidade, como acontece actualmente, ao juntarem-se às fogueiras.
O grande momento da noite é ainda o fogo-de-artifício, ou «fogo-de-São João», lançado da serra do Pilar (Cova da Onça), agora visto da Ribeira, lançado à meia-noite de 23 para 24 nas margens do rio Douro, junto da Ponte D. Luís.
Dos costumes antigos, nenhum se perdeu. Ganhou-se, isso sim, em 1911 o feriado municipal do Porto, instituído no dia de São João.
Os altares ao Santo Precursor, continuam também a armar-se dentro das igrejas, constituindo as imagens de São João Baptista, espalhadas em número considerável pelas igrejas do Porto (algumas de grande qualidade artística), assim como as preciosas pinturas onde ressalta a figura do santo, um património de valor inestimável.
Os altares ao Santo Precursor, continuam também a armar-se dentro das igrejas, constituindo as imagens de São João Baptista, espalhadas em número considerável pelas igrejas do Porto (algumas de grande qualidade artística), assim como as preciosas pinturas onde ressalta a figura do santo, um património de valor inestimável.
As pequenas «cascatas» são-joaneiras, que povoam a cidade (com origem provável nos presépios), são erguidas num qualquer recanto, junto de uma parede, no passeio público ou nas soleiras das portas, geralmente pelas crianças. Embora surjam as «cascatas» mecânicas ou de grandes dimensões. Mas a mais importante, conhecida e tradicional é, sem dúvida, a da Alameda das Fontainhas, erguida, anualmente, há perto de setenta anos na fonte ali existente.
Outra alegoria a merecer a atenção dos Portuenses e de quem visita o Porto no São João, é a que se ergue ao cimo da Avenida dos Aliados, por deliberação da Câmara Municipal, frente aos Paços do Concelho.
Concebida sempre de forma diferente em cada ano, em 2008 a cascata da Câmara Municipal do Porto é constituida por uma espécie de labirinto que pode ser percorrido pelos visitantes.
As tradicionais «cascatas» – sinónimo de água, alusiva ao rio Jordão – com a figura do santo em lugar de destaque, incluem uma imensidade de enfeites e de figurinhas de barro, fabricadas outrora, como hoje, principalmente, em Avintes e Barcelos, pelos artistas oleiros dessas localidades.
Os manjares cerimoniais desta data continuam a ser o caldo-verde com broa e o carneiro ou anho assado. Se bem que a sardinha assada acompanhada com broa e salada de pimentos constitua o prato mais popular da noite da festa. Depois disso, manda a tradição que se beba o café com leite (a lembrar o antigo café servido nas Fontainhas) e saboreie o pão com manteiga – sem esquecer as «orvalhadas», que obrigam a que ninguém se deite antes de apanhar o orvalho bento «para ser feliz e ter saúde o resto do ano».
Devoção popular feita de alegria contagiante, a Festa de São João no Porto há quem a considere única no Mundo.
Fonte:“Festas e Tradições Portuguesas” Vol. V
-------------------------Cascata do São João---------------
-------------Fonte das Fontaínhas (final do sec.XIX).----------sábado, 5 de junho de 2010
Trajes de Trabalho - Freguesia da Fajarda , Concelho de Coruche - Ribatejo.
Traje Feminino:
- Chapéu - Lenço - Blusa - Manguitos - Avental - Saia de chita - Saia de ganga - Uma ou duas saias de baixo - Canos
- Chapéu preto de feltro, com uma fita em volta do mesmo, feito com o resto do avental, blusa, ou saia, muitas vezes com o nome do namorado escrito a ponto cruz, enfeitado com terços, botões etc., se era solteira do lado esquerdo ao alto penas de pavão, caracóis de pato, etc.
- Lenço da cabeça de lã, cores claras atado abaixo e atrás.Blusa de popeline, gregorina, chita ou riscado, de cor garrida enfeitada a ponto de cruz.
- Avental de riscado, de cores vivas e variadas, com desenhos a ponto cruz.
- Saia de chita arregaçada junto ao avental.
- Uma ou duas saias, cor clara, enfeitadas com bicos, feitos em linha, trabalhados à mão e uma saia de ganga com barra vermelha, abotoadas com alfinetes, justas à perna, a fazer de ceroula.
- Manguitos nos braços e canos nas pernas, para se protegerem das folhas aguçadas do arroz, feitos de meias com o pé cortado.
Não se usava qualquer calçado, nem no trabalho, nem deste para casa, pelo que a mulher andava sempre descalça, exceptuando a ida á vila, ou em dias de festa.
Este trajo era só usado pela mulher da Fajarda, pelo que a mesma era reconhecida em qualquer lugar, nas aldeias mais próximas, como a Glória do Ribatejo ou Foros de Coruche, tinham trajar diferente.
A descrição apresentada refere-se à rapariga solteira.
A chita utilizada nas saias, fundo azul ás bolinhas brancas era norma em todo o Vale do Sorraia, talvez por isso conhecida por chita de Coruche. A diferença existia somente na saia a fazer de ceroula.
Os enfeites no chapéu, as cores variadas e vivas da blusa e avental, variavam consoante a idade da mulher, o seu estado de solteira ou casada, ou algum familiar próximo doente ou falecido.A mulher casada, não usava penas ao alto a enfeitar o chapéu, as cores da blusa iam escurecendo conforme a idade.O lenço da cabeça atado acima indicava que a mulher tinha algum familiar próximo no hospital, lenço preto atado a cima indicava falecimento de pessoa próxima.
- Chapéu preto de feltro, com uma fita em volta do mesmo, feito com o resto do avental, blusa, ou saia, muitas vezes com o nome do namorado escrito a ponto cruz, enfeitado com terços, botões etc., se era solteira do lado esquerdo ao alto penas de pavão, caracóis de pato, etc.
- Lenço da cabeça de lã, cores claras atado abaixo e atrás.Blusa de popeline, gregorina, chita ou riscado, de cor garrida enfeitada a ponto de cruz.
- Avental de riscado, de cores vivas e variadas, com desenhos a ponto cruz.
- Saia de chita arregaçada junto ao avental.
- Uma ou duas saias, cor clara, enfeitadas com bicos, feitos em linha, trabalhados à mão e uma saia de ganga com barra vermelha, abotoadas com alfinetes, justas à perna, a fazer de ceroula.
- Manguitos nos braços e canos nas pernas, para se protegerem das folhas aguçadas do arroz, feitos de meias com o pé cortado.
Não se usava qualquer calçado, nem no trabalho, nem deste para casa, pelo que a mulher andava sempre descalça, exceptuando a ida á vila, ou em dias de festa.
Este trajo era só usado pela mulher da Fajarda, pelo que a mesma era reconhecida em qualquer lugar, nas aldeias mais próximas, como a Glória do Ribatejo ou Foros de Coruche, tinham trajar diferente.
A descrição apresentada refere-se à rapariga solteira.
A chita utilizada nas saias, fundo azul ás bolinhas brancas era norma em todo o Vale do Sorraia, talvez por isso conhecida por chita de Coruche. A diferença existia somente na saia a fazer de ceroula.
Os enfeites no chapéu, as cores variadas e vivas da blusa e avental, variavam consoante a idade da mulher, o seu estado de solteira ou casada, ou algum familiar próximo doente ou falecido.A mulher casada, não usava penas ao alto a enfeitar o chapéu, as cores da blusa iam escurecendo conforme a idade.O lenço da cabeça atado acima indicava que a mulher tinha algum familiar próximo no hospital, lenço preto atado a cima indicava falecimento de pessoa próxima.
Traje Masculino:
- Barrete ou chapéu - Camisa interior de cor escura - Camisa de riscado - Colete de cotim ou ganga - Cinta preta - Celoula de ganga - Calça de cotim ou ganga - Lenço - Tamancos - Saca
- O homem do campo usava barrete ou chapéu consoante a estação do ano, no inverno barrete, no verão chapéu, nem todos seguiam esta linha pois alguns só usavam uma peça todo o ano. - Uma camisa de algodão escura para não se notar o pó e o sujo, por cima uma camisa de riscado e um colete. - Ceroula atada em baixo e calças por cima arregaçadas, quando o trabalho era mais agreste despia-se as calças e ficava-se só com as ceroulas. - Os tamancos serviam só para as deslocações para o trabalho e deste para casa, mas a maioria andava desçalça todo o ano, à excepção quando iam à vila. - O homem do campo andava sempre com a roupa e aconchegos preparados para as adversidades do trabalho ou do tempo, ora vejamos; o lenço de assoar grande e de cor vermelho, servia também para pôr em redor do pescoço para não entrar pó, ou tapar o nariz e a boca, quando andavam nas eiras. - A saca e muitas vezes uma manta lobeira serviam para o homem se resguardar das intenpéries, frio, chuva, etc.
- O homem do campo usava barrete ou chapéu consoante a estação do ano, no inverno barrete, no verão chapéu, nem todos seguiam esta linha pois alguns só usavam uma peça todo o ano. - Uma camisa de algodão escura para não se notar o pó e o sujo, por cima uma camisa de riscado e um colete. - Ceroula atada em baixo e calças por cima arregaçadas, quando o trabalho era mais agreste despia-se as calças e ficava-se só com as ceroulas. - Os tamancos serviam só para as deslocações para o trabalho e deste para casa, mas a maioria andava desçalça todo o ano, à excepção quando iam à vila. - O homem do campo andava sempre com a roupa e aconchegos preparados para as adversidades do trabalho ou do tempo, ora vejamos; o lenço de assoar grande e de cor vermelho, servia também para pôr em redor do pescoço para não entrar pó, ou tapar o nariz e a boca, quando andavam nas eiras. - A saca e muitas vezes uma manta lobeira serviam para o homem se resguardar das intenpéries, frio, chuva, etc.
Rancho Folclórico da Fajarda: http://www.rf-fajarda.pt/
segunda-feira, 26 de abril de 2010
O Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra da Cidade de Santos/SP-Brasil , convida para a Festa : Malta Coimbrã 08/05/2010
Malta Coimbrã
08 de Maio de 2010 às 20:00 horas
Convites: 20 Reais
Local: Rua Almirante Barroso 24 , Santos/SP-Brasil
Atuações:Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra e Rancho Folclórico Cantares e Dançares do Minho.
Informações:(13)91419610
E-mail: tricanasdecoimbra@gmail.com
08 de Maio de 2010 às 20:00 horas
Convites: 20 Reais
Local: Rua Almirante Barroso 24 , Santos/SP-Brasil
Atuações:Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra e Rancho Folclórico Cantares e Dançares do Minho.
Informações:(13)91419610
E-mail: tricanasdecoimbra@gmail.com
sábado, 27 de março de 2010
COMPASSO PASCAL NO MINHO
O Minho é uma região rica em costumes e tradições. A visita pascal, ou compasso, é uma das Festas mais marcantes. Bem cedo, em cada aldeia estoiram foguetes, tocam os sinos e sai a visita Pascal que percorre todas as casas que abrem as portas ao compasso. É bonito de se ver! Vizinhos e amigos apressam-se a desejar "Feliz Páscoa" ao dono e ao pessoal das casas: Feliz Páscoa! Aleluia! Aleluia!
Atapetam-se as ruas e os caminhos com flores. Grupos de pessoas correm de casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos. Beijos e abraços. Em cada casa põe-se uma farta mesa de iguarias, doces e salgadas, vinho do Porto, vinho corrente, e outras bebidas. Quando chega o compasso é o Pároco que saúda todos os presentes dizendo: "Paz a esta casa e a todos os seus habitantes, Aleluia", enquanto asperge com água benta a "sala grande" onde, por hábito, está colocada a "mesa".
Depois, o mordomo dá a cruz ornamentada a beijar ao dono que, depois de beijar a cruz, a dá a beijar aos presentes. O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminhada é grande), oferecendo-lhe da "mesa" onde nada falta, desde o pão-de-ló até ao "sortido", passando pelo vinho da última colheita que graças a Deus, era de estalar … até ao vinho "fino", geropiga ou algum licor conventual.
As pessoas abeiram-se, ordeiramente, da mesa e tudo come sem cerimónia, distinguindo, no entanto, o dono da casa, o pessoal do "compasso" a quem, depois, entrega o "folar" do senhor Abade (actualmente dinheiro num envelope fechado) e outras esmolas para as Almas e o Senhor, não esquecendo, também, o folar do rapazio da campainha e da caldeira.
Por volta do meio-dia, recolhe o compasso à Igreja para os elementos que o compõem irem almoçar. No final, uma girândola de foguetes diz que o "almoço" já terminou e que o ritual vai continuar da parte de tarde, visitando os restantes lugares e casas da freguesia e é ver novos e velhos a gozar um belo Domingo que só regressa 12 meses depois. Bem no fim da visita organiza-se uma procissão de retorno à Igreja e aí é ver toda a gente a entoar cânticos religiosos.
Atapetam-se as ruas e os caminhos com flores. Grupos de pessoas correm de casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos. Beijos e abraços. Em cada casa põe-se uma farta mesa de iguarias, doces e salgadas, vinho do Porto, vinho corrente, e outras bebidas. Quando chega o compasso é o Pároco que saúda todos os presentes dizendo: "Paz a esta casa e a todos os seus habitantes, Aleluia", enquanto asperge com água benta a "sala grande" onde, por hábito, está colocada a "mesa".
Depois, o mordomo dá a cruz ornamentada a beijar ao dono que, depois de beijar a cruz, a dá a beijar aos presentes. O dono da casa ou a pessoa mais velha convida, então, o senhor Abade a sentar-se um bocadinho (que a caminhada é grande), oferecendo-lhe da "mesa" onde nada falta, desde o pão-de-ló até ao "sortido", passando pelo vinho da última colheita que graças a Deus, era de estalar … até ao vinho "fino", geropiga ou algum licor conventual.
As pessoas abeiram-se, ordeiramente, da mesa e tudo come sem cerimónia, distinguindo, no entanto, o dono da casa, o pessoal do "compasso" a quem, depois, entrega o "folar" do senhor Abade (actualmente dinheiro num envelope fechado) e outras esmolas para as Almas e o Senhor, não esquecendo, também, o folar do rapazio da campainha e da caldeira.
Por volta do meio-dia, recolhe o compasso à Igreja para os elementos que o compõem irem almoçar. No final, uma girândola de foguetes diz que o "almoço" já terminou e que o ritual vai continuar da parte de tarde, visitando os restantes lugares e casas da freguesia e é ver novos e velhos a gozar um belo Domingo que só regressa 12 meses depois. Bem no fim da visita organiza-se uma procissão de retorno à Igreja e aí é ver toda a gente a entoar cânticos religiosos.
Páscoa.
*******
É tempo de Páscoa no Minho florido. Já se ouvem os trinos dos sinos festeiros Na igreja vestida de branco vestido, Entre o verde manso dos altos pinheiros.
Caminhos de aldeia, que o funcho recobre, Esperam, cheirosos, que passe o compasso À casa do rico, cabana do pobre... Já voam foguetes e pombas no espaço.
Lá vêm dois meninos, com opas vermelhas, Tocando a sineta. Logo atrás, o abade Já trôpego e lento. (As pernas são velhas? Mas no seu sorriso tudo é mocidade.)
Com que unção o moço sacristão, nos braços, Traz a cruz de prata que Jesus cativa, Para ser beijada! Enfeitam-na laços De fitas de seda e uma rosa viva.
Um outro, ajoujado ao peso das prendas (Não há quem não tenha seu pouco pra dar...) Traz, num largo cesto de nevadas rendas, Os ovos, o açúcar e os pães do folar.
Mais um outro, ainda, de hissope e caldeira Cheia de água benta, abre um guarda-sol. Seguem-nos, e alegram céus e terra inteira, Estrondos de bombos e gaitas de fole.
Haverá visita mais honrosa e bela? Famílias ajoelham. A cruz é beijada. (Pratos de arroz-doce, com flores de canela, Aguardam gulosos na mesa enfeitada.)
Santa Aleluia! Oh, festa maior! Haverá mais bela e honrosa visita? É tempo de Páscoa.
O Minho está em flor. Em cada alma pura Jesus ressuscita!
António Manuel Couto Viana.
terça-feira, 9 de março de 2010
CANTO DAS SANTAS CRUZES - SOAJO - ARCOS DE VALDEVEZ.
Uma das tradições mais antigas de Soajo , é a comemoração da Paixão de Cristo vulgarmente conhecida pelo canto das Santas Cruzes. Celebra-se todos os anos com início na Quarta Feira de Cinzas e dura até as endoenças da Quinta Feira Santa . Os homens reunem - se ao toque do sino depois da ceia , no Adro da Igreja e dividem - se em dois grupos . Cada grupo integra um rapazinho para fazer o desdobramento com a sua vóz aguda .
Sobre o ponto de vista musical as Santas Cruzes constituem uma espécie de salmodia tripartida, Como eram aliás as antigas salmodias.
******************
Vídeo gravado para o programa POVO QUE CANTA, RTP 1970.
Sobre o ponto de vista musical as Santas Cruzes constituem uma espécie de salmodia tripartida, Como eram aliás as antigas salmodias.
******************
Vídeo gravado para o programa POVO QUE CANTA, RTP 1970.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
FESTA DA VINDIMA - CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE SANTOS
LOCAL: CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS ( ANTIGA - SOCIEDADE UNIÃO PORTUGUESA)
AV. ANA COSTA 290/294 - SANTOS/ SP - BRASIL.
APRESENTAÇÕES: R.F. VERDE GAIO
R.F. PEDRO HOMEM DE MELLO.
CONVITE : R$ 20.00 incluso 1 cesta de uva
BEBIDAS E COMIDAS TÍPICAS À PARTE.
Á VENDA NA SECRETARIA DO LOCAL TEL (13) 3234 6503 OU NO CENTRO PORTUGUÊS DE SANTOS TEL(13) 3219 3079
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
2º ENCONTRO DE TOCADORES DE CONCERTINA NA CASA DE PORTUGAL DE PRAIA GRANDE - BRASIL
A Casa de Portugal de Praia Grande convida a todos para participar do 2º Encontro de Concertinas juntamente com a tradicional Festa da Vindima.
Além do grande baile feito pelos tocadores, teremos a apresentação do Grupo Folclórico da Casa e a demonstração de como é feita a pisa e a colheita da uva em Portugal.
O convite terá um custo de R$ 20,00 com direito a uma cesta de uva
Data: 27 de fevereiro de 2010
Horário: 20h
Local: Av. Paris- 1500- Forte-Praia Grande/SP
Telefone para informações e reservas: (13) 3491-4559
Além do grande baile feito pelos tocadores, teremos a apresentação do Grupo Folclórico da Casa e a demonstração de como é feita a pisa e a colheita da uva em Portugal.
O convite terá um custo de R$ 20,00 com direito a uma cesta de uva
Data: 27 de fevereiro de 2010
Horário: 20h
Local: Av. Paris- 1500- Forte-Praia Grande/SP
Telefone para informações e reservas: (13) 3491-4559
domingo, 14 de fevereiro de 2010
CARETOS DE PODENCE - TRÁS OS MONTES
A atual manifestação dos Caretos de Podence, na época de Carnaval, é a reminiscência de rituais religiosos pré e proto-históricos, que nos lançam para um universo fantástico, no qual o religioso e o profano se confundem. Fazem parte de uma tradição secular transmontana, que se julga estar associada a práticas mágicas, relacionadas com os cultos agrários da fertilidade.
O Domingo Gordo e a terça-feira de Carnaval são os dias da folia dos Caretos, que surgem em bandos de todos os cantos da aldeia de Podence, em frenéticas correrias, "assaltando" transeuntes e adegas. As marafonas(HOMENS VESTIDOS DE MULHER E VICE VERSA) são os únicos seres que os Caretos respeitam nas suas tropelias, gritarias e chocalhadas.
As raparigas solteiras, principal alvo destes bandos mascarados, levam-nos a trepar muros e varandas para as "chocalhar". Ainda não há muitos anos, as pessoas punham trancas às portas e janelas, assustadas com o que lhes podia acontecer.
Hoje em dia, os Caretos são mais moderados, mas mesmo assim, as suas correrias e os seus gritos não deixam de ser assustadores para a maioria dos forasteiros desprevenidos.
Os Caretos usam máscaras, feitas de latão, madeira ou couro, pintadas de cores vivas, onde sobressai o nariz pontiagudo. As suas vestes são confeccionadas a partir de colchas franjadas de lã de verde, azul, preta, vermelha e amarela. Usam chocalhos presos à cintura, que servem para "chocalhar" os seus alvos. Da sua indumentária faz igualmente parte um pau ou moca, que lhes serve de apoio nas suas correrias e saltos.
O Domingo Gordo e a terça-feira de Carnaval são os dias da folia dos Caretos, que surgem em bandos de todos os cantos da aldeia de Podence, em frenéticas correrias, "assaltando" transeuntes e adegas. As marafonas(HOMENS VESTIDOS DE MULHER E VICE VERSA) são os únicos seres que os Caretos respeitam nas suas tropelias, gritarias e chocalhadas.
As raparigas solteiras, principal alvo destes bandos mascarados, levam-nos a trepar muros e varandas para as "chocalhar". Ainda não há muitos anos, as pessoas punham trancas às portas e janelas, assustadas com o que lhes podia acontecer.
Hoje em dia, os Caretos são mais moderados, mas mesmo assim, as suas correrias e os seus gritos não deixam de ser assustadores para a maioria dos forasteiros desprevenidos.
Os Caretos usam máscaras, feitas de latão, madeira ou couro, pintadas de cores vivas, onde sobressai o nariz pontiagudo. As suas vestes são confeccionadas a partir de colchas franjadas de lã de verde, azul, preta, vermelha e amarela. Usam chocalhos presos à cintura, que servem para "chocalhar" os seus alvos. Da sua indumentária faz igualmente parte um pau ou moca, que lhes serve de apoio nas suas correrias e saltos.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
ENTRUDO NO ALTO MINHO , O PAI VELHO NO LINDOSO - PONTE DA BARCA.
Entrudo e Carnaval são duas palavras com etimologias diferentes mas significando este mesmo periodo que vai desde o Domingo da Septuagésima até à Quarta - Feira de Cinzas.
Entrudo, deriva do latim (introitus) significando "entrada" ou começo do ano, da primavera ou, mesmo, da entrada da Quaresma.
As interpretações, dentro da tradição romana remontam às Saturnalias, festas em honra de Saturno cujos ritos e cerimonias tinham como objectivo despertar do novo ciclo da Mãe / Natureza; às Lupercalias, que se celebravam ao redor do 15 de Fevereiro, assegurando a fecundidade dos homens, animais e campos e às Matronalias, festa dedicada às mulheres que nestas datas tinham poderes especiais sobre os homens!
Quanto à origem Grega provém das festas em honra de Dionísios, Deus do vinho e da inspiração.
É com o aparecimento da cultura cristã que o Entrudo nos aparece como celebração fortemente ligada ao período abstinencial imposto durante o período da Quaresma.
Outras etimologias são atribuídas à palavra carnaval: uma Italiana "Carnevale" isto é proibir a carne, em período de quaresma; uma outra origem celta ou germânica, ligada aos " Carrus Navalis" isto é, barcos com rodas, apresentação tão querida dos romanos que passeavam assim o seu "Carnaval".
Seja como for o Entrudo ou Carnaval seria uma festa cujo significado e vivência estará sempre de acordo com a cultura de cada povo.
Representando um subconsciente colectivo, não deixa de ser, também, uma festa de liberdade, onde tudo é permitido fazer-se, e onde preceitos e costumes se esquecem para permanecer durante três dias o quase "vale tudo".
Válvula de segurança do sistema de poder ( cansados da vida rotineira de um ano), há um clássico abrandamento da autoridade no Entrudo sempre mais atenta à problemática social que às manifestações lúdicas e festivas.
Por isso, as máscaras, a censura popular e a moda colectiva de se parodiar toda uma existência satirizando-se, ridicularizando, causticando, virando-se, praticamente, tudo do avesso: os homens viram mulheres; as mulheres, homens e a máscara é a caricatura da própria vida local.
No Alto Minho, felizmente, o Carnaval vai-se mantendo em todos os Concelhos com os tradicionais corsos. Porém, a tradição obriga-nos a ir até ao Lindoso (Ponte da Barca) e, ai, assistir aos cortejos imemoriais do Pai Velho.
Pai Velho :
Quem é este Pai Velho? Uma espécie de despedida do Inverno e o acolhimento à Primavera que está a chegar? Recordação das festas dos "loucos medievais", colocando um ponto final ao tempo de excessos que precedem a Quarta – Feira de cinzas ? O rito da fecundidade estimulado por uma nova seiva que vai surgir após as longas noites do solstício do Inverno?
O cerimonial mantem-se quase com os mesmos ingredientes medievos que encontramos na "Vaca das Cordas", ou na "Procissão do Corpo de Deus", em Monção com a tradição do Boi Bento, do Carro das Ervas, do Dragão e do S. Jorge, ou na Senhora D’Agonia com os seus Gigantones e Cabeçudos. Cumpre-se a tradição em Terras do Lindoso, sempre na época do Entrudo, nos lugares de Castelo e de Parada. Em dias de Domingo Gordo e Terça – feira de Carnaval .
Em frente aos espigueiros e à eira comunitária, tendo como cenário o Castelo Medievo, o busto de madeira do Pai Velho transportado num carro de bois, seguido de outro carro de bois, Carro das Ervas, engalanados, com a chiadeira habitual, tilintando de campainhas e com as cangas ornamentadas de monelhas, ramos de flores em cada chifre; à frente a lavradeira, camponesa rústica qual loura Ceres ( Deusa da Fecundidade), bem ourada com os cordões das avós; atrás as rusgas de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas e a que não faltam as máscaras dos mais foliões… eis os cortejos de Domingo Gordo no lugar do Castelo, depois da missa (11.00 horas ) e, da parte de tarde, no lugar de Parada (14.30 horas), com idêntico cerimonial. Tudo se esconde até terça – feira de carnaval onde idênticos cortejos se realizam ainda com festa mais rija, para terminar depois dos bailaricos, nos dois lugares, com o enterro do Pai Velho, cerca da meia noite, em que se atinge o clímax do ritual colectivo concretizado na queima do boneco de palha e a leitura do seu testamento. Pai Velho que não despensa o "seu" ritual gastronómico em dia de Domingo Gordo.
E são os rapazes e raparigas que cantam os Reis que tem a obrigação da ceia composta pelo tradicional cozido onde não faltam a orelheira, salpicão de fumeiro, tracanaz de presunto (e o que lhe davam mais), os chispes (unhas de porco) e o focinho do reco.
Se lhe acrescentarmos umas boas costelas barrosãs e um pé descalço, mais umas chouriças de cabaço, ai temos o cozido do Lindoso em honra do Pai Velho: duas travessas fumegantes a rescender a sabores de salgadeira, da vezeira e do quinteiro: a das carnes; outra com batatas, cenoura e couve galega; o alguidar tortulho com arroz branco e rodelas de chouriça, paio e salpicão, tudo acompanhado de um verde tinto a deixar nas malgas vidradas uma velatura de musselina rósea.
E as grâ - mestras da cozinha do Lindoso a dizerem-me prazenteiras e sorridentes: bom proveito, que lh’apreste. Cá fora, no terreiro do Castelo as concertinas e as vozes diziam :
A tarde foi para cantar e dançar
"O Carnaval de Lindoso
É o melhor do Concelho
Todos gostamos de ver
O enterro do Pai Velho"
Ass: Gracinda Amorim
"Lindoso terra bonita
Onde se colhe bom Pão!
Festejam o Carnaval
Que não acabe a tradição!
"Pai Velho Não Morras!"
Dr. Francisco José Torres Sampaio -
Presidente da RTAM (Região de turismo do Alto Minho)
http://www.youtube.com/profile?user=alsotomas#p/u/2/1zv-RrjDOek
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
RÁDIO DO FOLCLORE PORTUGUÊS
Rádio do Folclore Português 24 Horas em sua companhia em todo o mundo.
Preservação e divulgação, das tradições populares, folclore e etnografia de Portugual Continental e Ilhas.
Viva o Folclore de Portugal!!!!
Visite:
RÁDIO DO FOLCLORE PORTUGUÊS
Visite a Rádio do Folclore Português 24 Horas na sua companhia em todo o mundo.
Preservação e divulgação, das tradições populares, folclore e etnografia de Portugual Continental e Ilhas.
Viva o Folclore de Portugal!!!!
Visite:
http://www.radiofolcloreportugues.com/
Preservação e divulgação, das tradições populares, folclore e etnografia de Portugual Continental e Ilhas.
Viva o Folclore de Portugal!!!!
Visite:
http://www.radiofolcloreportugues.com/
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
G.F. SARGACEIROS DA CASA DO POVO DE APÚLIA - ESPOSENDE
Ligado ao mar e ao sargaço, o folclore, em Apúlia, assume características muito específicas, e únicas no litoral português.
Aqui, o agricultor-sargaceiro, sempre que o movimento das marés prenuncia a aproximação de uma boa "mareada", larga toda a sua actividade nos campos e vai para a praia. Mas, por vezes, a espera pelo "assejo" - o momento exacto em que o mar arroja a terra as primeiras algas dando lugar, então, ao ínicio da "mareada" - pode ser longa, e há que preencher esses tempos mortos.
A expectativa de mais um dia grande e enriquecedor, torna as pessoas alegres e folgazãs, e todos dão largas à ansiedade que os possui. Logo aparece alguém a tocar concertina, outros cavaquinho, viola, ferrinhos, bombo e reque-reque e a festa acontece. Homens e mulheres, principalmente os mais novos, juntando-se aos pares, ou em roda, cantam e dançam com a alegria bem característica das gentes da beira-mar. Decorrido algum tempo é necessário prestar atenção ao mar, não vá o lençol de sargaço ter-se já aproximado de terra, e o "assejo" estar iminente. Pára a dança. As mulheres sentam-se, lânguidamente, na areia da praia; os homens, de pé, observam atentamente o comportamento do mar. Se o lençol de sargaço que se vai formando ao longe ainda demora a aproximar-se da costa, a dança recomeça com a mesma alegria e vigor. Até que, a determinado momento, alguém grita a plenos pulmões "ARGAÇO" - e a festa acaba ali para dar lugar à "mareada" - quatro horas de labuta constante, no afã de ser arrecadado todo o sargaço possível.
Cada homem, munido do "galhapão" ou da "graveta" corre para o mar, enfrenta as vagas, até onde lhe for possivel, sem colocar em risco a sua segurança, e vai arrecadando as algas nelas envoltas. A mulher retira o xaile e o chapéu, coloca-os em lugar resguardado, sobre a areia, e aguarda na borda do mar o momento de ajudar o sargaceiro que vem a terra com cada carga de sargaço.
A apanha do sargaço que, como se diz antes, assume em Apúlia características únicas, fez com que o sargaceiro fosse considerado, há longos anos, o ex-líbris do concelho de Esposende.
Em Agosto de 1934 realizava-se no Palácio de Cristal, no Porto, a GRANDE EXPOSICAO DO MUNDO PORTUGUÊS, onde deveriam fazer-se representar as províncias ultramarinas portuguesas e todos os concelhos do País. O concelho de Esposende enviou uma delegação composta por sessenta sargaceiros - trinta homens e trinta mulheres - por considerar a originalidade e autenticidade do traje que, tudo o indica, parece remontar ao período da ocupação da Península pelos romanos, e ainda pela actividade agro-marítima que representava: a apanha do sargaço.
The National Geographic Magazine February, 1938
E a delegação do concelho de Esposende a todos surpreendeu e encantou, pelo garbo dos homens e pela beleza das mulheres.
ANTÓNIO TORRES, responsável por aquela delegação, decidiu, então, dar-lhe continuidade. E assim foi fundado o "GRUPO DOS SARGACEIROS DE APÚLIA".
ANTÓNIO TORRES, à época Presidente da Junta de Freguesia, era um homem dotado para as letras e para a música e, por isso, amante e cioso da cultura tradicional da sua terra, lançou-se com entusiasmo na pesquisa e recolha das danças e cantares ligados a Apúlia e à apanha do sargaço, organizando, assim, o repertório do Grupo Folclórico, e que se mantém até aos dias de hoje, sem alterações nem plágios. Contou, para tal, com a ajuda do Conde de Villas Boas, então comandante do porto de Leixões, e do escritor e etnógrafo esposendense Manuel de Boaventura, dois grandes admiradores de Apúlia e dos sargaceiros.
Em 1940 é também fundada por aquele apuliense a Casa do Povo local, onde o Grupo Folclórico é integrado e passa a designar-se, até aos dias de hoje, "GRUPO DOS SARGACEIROS DA CASA DO POVO DE APÚLIA".
Lormes - Nevers - FRANÇA (1999)
Ponta do Sol - MADEIRA (2001)
Durante a sua já longa existência são numerosos os factos dignos de referência. Registam-se, no entanto, alguns que se consideram determinantes na vida dos "SARGACEIROS": Apuramento na l.a Olimpíada Europeia de Folclore, em 1956; 1.° Prémio da "Taça Abril em Portugal", em 1968; Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Esposende, em 1993; Participações na Expo/98, em representação do Inatel, com o espectáculo "Evocação do Mar", e em representação da Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende; "Troféu de Qualidade" do Inatel, em 2000; Deslocações a Espanha em 1973, 2000, 2001, 2003; a França em 1983,1984,1987, 1988, 1998, 1999; ao Brasil em 1992; à Bélgica em 1998; à Madeira em 2001.
É Membro Efectivo da Federação do Folclore Português, e Centro Cultural e Desportivo do Inatel (CCD), inscrito sob o N.° 3331.
Para assegurar, na população jovem, o gosto e orgulho por esta cultura própria, existe há vinte anos o Grupo Infantil, com cerca de sessenta crianças, de idades compreendidas entre quatro e doze anos, e que, em sessões semanais, vão aprendendo, a brincar, os usos e costumes tradicionais ligados à faina do sargaco, as danças e os cantares dos sargaceiros.
Aqui, o agricultor-sargaceiro, sempre que o movimento das marés prenuncia a aproximação de uma boa "mareada", larga toda a sua actividade nos campos e vai para a praia. Mas, por vezes, a espera pelo "assejo" - o momento exacto em que o mar arroja a terra as primeiras algas dando lugar, então, ao ínicio da "mareada" - pode ser longa, e há que preencher esses tempos mortos.
A expectativa de mais um dia grande e enriquecedor, torna as pessoas alegres e folgazãs, e todos dão largas à ansiedade que os possui. Logo aparece alguém a tocar concertina, outros cavaquinho, viola, ferrinhos, bombo e reque-reque e a festa acontece. Homens e mulheres, principalmente os mais novos, juntando-se aos pares, ou em roda, cantam e dançam com a alegria bem característica das gentes da beira-mar. Decorrido algum tempo é necessário prestar atenção ao mar, não vá o lençol de sargaço ter-se já aproximado de terra, e o "assejo" estar iminente. Pára a dança. As mulheres sentam-se, lânguidamente, na areia da praia; os homens, de pé, observam atentamente o comportamento do mar. Se o lençol de sargaço que se vai formando ao longe ainda demora a aproximar-se da costa, a dança recomeça com a mesma alegria e vigor. Até que, a determinado momento, alguém grita a plenos pulmões "ARGAÇO" - e a festa acaba ali para dar lugar à "mareada" - quatro horas de labuta constante, no afã de ser arrecadado todo o sargaço possível.
Cada homem, munido do "galhapão" ou da "graveta" corre para o mar, enfrenta as vagas, até onde lhe for possivel, sem colocar em risco a sua segurança, e vai arrecadando as algas nelas envoltas. A mulher retira o xaile e o chapéu, coloca-os em lugar resguardado, sobre a areia, e aguarda na borda do mar o momento de ajudar o sargaceiro que vem a terra com cada carga de sargaço.
A apanha do sargaço que, como se diz antes, assume em Apúlia características únicas, fez com que o sargaceiro fosse considerado, há longos anos, o ex-líbris do concelho de Esposende.
Em Agosto de 1934 realizava-se no Palácio de Cristal, no Porto, a GRANDE EXPOSICAO DO MUNDO PORTUGUÊS, onde deveriam fazer-se representar as províncias ultramarinas portuguesas e todos os concelhos do País. O concelho de Esposende enviou uma delegação composta por sessenta sargaceiros - trinta homens e trinta mulheres - por considerar a originalidade e autenticidade do traje que, tudo o indica, parece remontar ao período da ocupação da Península pelos romanos, e ainda pela actividade agro-marítima que representava: a apanha do sargaço.
The National Geographic Magazine February, 1938
E a delegação do concelho de Esposende a todos surpreendeu e encantou, pelo garbo dos homens e pela beleza das mulheres.
ANTÓNIO TORRES, responsável por aquela delegação, decidiu, então, dar-lhe continuidade. E assim foi fundado o "GRUPO DOS SARGACEIROS DE APÚLIA".
ANTÓNIO TORRES, à época Presidente da Junta de Freguesia, era um homem dotado para as letras e para a música e, por isso, amante e cioso da cultura tradicional da sua terra, lançou-se com entusiasmo na pesquisa e recolha das danças e cantares ligados a Apúlia e à apanha do sargaço, organizando, assim, o repertório do Grupo Folclórico, e que se mantém até aos dias de hoje, sem alterações nem plágios. Contou, para tal, com a ajuda do Conde de Villas Boas, então comandante do porto de Leixões, e do escritor e etnógrafo esposendense Manuel de Boaventura, dois grandes admiradores de Apúlia e dos sargaceiros.
Em 1940 é também fundada por aquele apuliense a Casa do Povo local, onde o Grupo Folclórico é integrado e passa a designar-se, até aos dias de hoje, "GRUPO DOS SARGACEIROS DA CASA DO POVO DE APÚLIA".
Lormes - Nevers - FRANÇA (1999)
Ponta do Sol - MADEIRA (2001)
Durante a sua já longa existência são numerosos os factos dignos de referência. Registam-se, no entanto, alguns que se consideram determinantes na vida dos "SARGACEIROS": Apuramento na l.a Olimpíada Europeia de Folclore, em 1956; 1.° Prémio da "Taça Abril em Portugal", em 1968; Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Esposende, em 1993; Participações na Expo/98, em representação do Inatel, com o espectáculo "Evocação do Mar", e em representação da Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende; "Troféu de Qualidade" do Inatel, em 2000; Deslocações a Espanha em 1973, 2000, 2001, 2003; a França em 1983,1984,1987, 1988, 1998, 1999; ao Brasil em 1992; à Bélgica em 1998; à Madeira em 2001.
É Membro Efectivo da Federação do Folclore Português, e Centro Cultural e Desportivo do Inatel (CCD), inscrito sob o N.° 3331.
Para assegurar, na população jovem, o gosto e orgulho por esta cultura própria, existe há vinte anos o Grupo Infantil, com cerca de sessenta crianças, de idades compreendidas entre quatro e doze anos, e que, em sessões semanais, vão aprendendo, a brincar, os usos e costumes tradicionais ligados à faina do sargaco, as danças e os cantares dos sargaceiros.
AS DANÇAS E OS CANTARES
Povoação localizada mais a sul da província do Minho e limite desta com o Douro Litoral, as danças detêm características de transição e revelam afinidades com as terras maiatas.
Adoptam, aqui, os nomes tradicionais Malhão, Chula, Cana-Verde, Vira, Vareira, Regadinho, etc. Mas nenhuma destas danças se identifica com outras de igual nome dançadas no Minho, no Douro ou nas Beiras.
Aqui, os passos de dança dos sargaceiros assemelham-se aos movimentos das ondas do mar, ora rápidas e alterosas, ora calmas e deslizando suavemente.
Assim, todas têm dois momentos: enquanto o cantador faz ouvir a sua voz, os dançadores movem-se devagar, em passos suaves, braços ao longo do corpo; quando o cantador se cala, para dar lugar ao coro, ou à música mais intensa, logo os braços se levantam e todos imprimem, então, à dança, celeridade e vigor, tal como o vai-vém das ondas do mar em maré viva.
O mar e o sargaço, o amor e a saudade, são uma constante nos cantares dos sargaceiros.
Na execução musical predomina o som da concertina, acompanhada dos cavaquinhos, viola braguesa e viola-baixo, ferrinhos, reque-reque e bombo.
Por todo o País, e pelo estrangeiro, a sua actividade tem sido constante, quer em festivais, quer em representações etnográficas.
É, reconhecidamente, um representante ímpar do folclore do litoral da Região do Baixo-Minho, quer pelas suas danças, quer pelo traje característico. É considerado, quer pelos etnógrafos, quer pela Federação do Folclore Português, um dos Grupos de maior autenticidade, pelo que a sua presença se torna requisitada nos maiores festivais de folclore do País. Pedro Homem de Mello escreveu: "Em Apúlia tudo é verdadeiro... até o traje".
Visite:http://www.sargaceiros.com.pt/index.html
Adoptam, aqui, os nomes tradicionais Malhão, Chula, Cana-Verde, Vira, Vareira, Regadinho, etc. Mas nenhuma destas danças se identifica com outras de igual nome dançadas no Minho, no Douro ou nas Beiras.
Aqui, os passos de dança dos sargaceiros assemelham-se aos movimentos das ondas do mar, ora rápidas e alterosas, ora calmas e deslizando suavemente.
Assim, todas têm dois momentos: enquanto o cantador faz ouvir a sua voz, os dançadores movem-se devagar, em passos suaves, braços ao longo do corpo; quando o cantador se cala, para dar lugar ao coro, ou à música mais intensa, logo os braços se levantam e todos imprimem, então, à dança, celeridade e vigor, tal como o vai-vém das ondas do mar em maré viva.
O mar e o sargaço, o amor e a saudade, são uma constante nos cantares dos sargaceiros.
Na execução musical predomina o som da concertina, acompanhada dos cavaquinhos, viola braguesa e viola-baixo, ferrinhos, reque-reque e bombo.
Por todo o País, e pelo estrangeiro, a sua actividade tem sido constante, quer em festivais, quer em representações etnográficas.
É, reconhecidamente, um representante ímpar do folclore do litoral da Região do Baixo-Minho, quer pelas suas danças, quer pelo traje característico. É considerado, quer pelos etnógrafos, quer pela Federação do Folclore Português, um dos Grupos de maior autenticidade, pelo que a sua presença se torna requisitada nos maiores festivais de folclore do País. Pedro Homem de Mello escreveu: "Em Apúlia tudo é verdadeiro... até o traje".
Visite:http://www.sargaceiros.com.pt/index.html
******************
Vira de Apúlia
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
FESTA DE SÃO GONÇALINHO - AVEIRO
Uma das festas mais queridas das gentes do bairro da Beira-Mar realiza-se no Domingo mais próximo do dia 10 de Janeiro.
A festa faz-se em honra de São Gonçalo, conhecido naquele bairro por S. Gonçalinho. Este terá nascido em 1190 em Arriconha, perto de Guimarães, ganhando fama de santo casamenteiro quando pregava na freguesia da Aboadela do Marão onde, como bom pároco que era, queria sacramentar os casais que viviam em situação imoral.
S. Gonçalo terá morrido em meados do século XIII. O seu culto expandiu-se, tendo chegado rapidamente a Aveiro, mais precisamente ao bairro da Beira-Mar.
Neste bairro é-lhe atribuído poder curandeiro em doenças ósseas e na resolução de problemas conjugais.
O afecto da população local ao seu Santo padroeiro é de tal forma que o seu tratamento toma aspectos particulares. São utilizadas, por exemplo, expressões como, "o nosso santinho", "o nosso menino", bem como, o uso da segunda pessoa do singular ("tu") para se dirigir ao Santo.
Durante os dias de festa pagam-se promessas ao São Gonçalinho, atirando quilos de cavacas doces do cimo da capela, enquanto na rua uma multidão de pessoas as tenta apanhar. As cavacas são doces cobertos de açúcar, podendo ser de dois tipos: redondas e relativamente moles (para serem comidas), ou alongadas e muito duras (para serem lançadas da platibamba da capela).
A prática de atirar cavacas é uma característica desta peculiar festa, transformando-a numa original manifestação de tributo, culto e veneração prestada ao Santo pelos romeiros.
Outro ritual da festa, realizado ao fim da tarde no interior da capela, é a entrega do ramo. Trata-se de um ramo de flores artificiais, conservado há muitos anos com religioso cuidado. A festa de S. Gonçalinho inclui ainda a Dança dos Mancos, ritual tradicional realizado também dentro da pequena capela. Esta dança é executada por um grupo de homens que, fingindo de mancos e deficientes físicos, movem-se circularmente, mancando e dançando ao som dos cantares que ecoam na capela.
A festa faz-se em honra de São Gonçalo, conhecido naquele bairro por S. Gonçalinho. Este terá nascido em 1190 em Arriconha, perto de Guimarães, ganhando fama de santo casamenteiro quando pregava na freguesia da Aboadela do Marão onde, como bom pároco que era, queria sacramentar os casais que viviam em situação imoral.
S. Gonçalo terá morrido em meados do século XIII. O seu culto expandiu-se, tendo chegado rapidamente a Aveiro, mais precisamente ao bairro da Beira-Mar.
Neste bairro é-lhe atribuído poder curandeiro em doenças ósseas e na resolução de problemas conjugais.
O afecto da população local ao seu Santo padroeiro é de tal forma que o seu tratamento toma aspectos particulares. São utilizadas, por exemplo, expressões como, "o nosso santinho", "o nosso menino", bem como, o uso da segunda pessoa do singular ("tu") para se dirigir ao Santo.
Durante os dias de festa pagam-se promessas ao São Gonçalinho, atirando quilos de cavacas doces do cimo da capela, enquanto na rua uma multidão de pessoas as tenta apanhar. As cavacas são doces cobertos de açúcar, podendo ser de dois tipos: redondas e relativamente moles (para serem comidas), ou alongadas e muito duras (para serem lançadas da platibamba da capela).
A prática de atirar cavacas é uma característica desta peculiar festa, transformando-a numa original manifestação de tributo, culto e veneração prestada ao Santo pelos romeiros.
Outro ritual da festa, realizado ao fim da tarde no interior da capela, é a entrega do ramo. Trata-se de um ramo de flores artificiais, conservado há muitos anos com religioso cuidado. A festa de S. Gonçalinho inclui ainda a Dança dos Mancos, ritual tradicional realizado também dentro da pequena capela. Esta dança é executada por um grupo de homens que, fingindo de mancos e deficientes físicos, movem-se circularmente, mancando e dançando ao som dos cantares que ecoam na capela.
domingo, 3 de janeiro de 2010
AS JANEIRAS E OS REIS
A tradição continua! Apesar de já quase nada ser como dantes as tradicionais Janeiras andam nas ruas em Portugal. "Cantar as Janeiras" terá mais a ver com as celebrações do início do ano, podendo ser cantadas em qualquer dia do mês de Janeiro.
Ocorrem em Janeiro, o primeiro mês do ano. Este mês era o mês do deus Jano, o deus das portas e da entrada. Era o porteiro dos Céus e por isso muito importante para os romanos que esperavam a sua protecção. Era-lhe pedido que afastasse das casas os espíritos maus, sendo especialmente invocado no mês de Janeiro. Era tradição que os romanos se saudassem em sua honra no começar de um novo ano e daí derivam as Janeiras.
Já os Reis são cantados na noite do dia 5 para 6 de Janeiro(Dia de Reis) com um sentido mais religioso lembrando a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus .
Com ou sem instrumentos musicais, a tradição manda que os grupos saiam à rua para cantar à porta das pessoas da terra.
Também há, regra geral, um solista que canta os primeiros versos, que depois são repetidos pelo côro.
Os donos das casas costumam receber os cantadores, e servem frutos secos, doces tradicionais,chouriço assado e, claro, um copito de vinho ou um licor, que as noites de Janeiro são frias e há que afinar as gargantas...
Nesse caso, quando saem, os "janeireiros" cantam um verso de agradecimento, desejando coisas boas aos donos da casa, como este: "Esta casa é tão alta/É forrada de papelão/Aos senhores que cá moram/Deus lhes dê a salvação".
Caso os donos da casa não abram sequer a porta, recebem um "mimo" diferente: "Esta casa é tão alta/É forrada de madeira/ Aos senhores que cá moram/Deus lhes dê uma caganeira".
(Os versos variam de região para região).
*****************
Cantar Janeiras e Reis nas Terras da Feira - Rancho Regional da Vila de Lobão .
Ocorrem em Janeiro, o primeiro mês do ano. Este mês era o mês do deus Jano, o deus das portas e da entrada. Era o porteiro dos Céus e por isso muito importante para os romanos que esperavam a sua protecção. Era-lhe pedido que afastasse das casas os espíritos maus, sendo especialmente invocado no mês de Janeiro. Era tradição que os romanos se saudassem em sua honra no começar de um novo ano e daí derivam as Janeiras.
Já os Reis são cantados na noite do dia 5 para 6 de Janeiro(Dia de Reis) com um sentido mais religioso lembrando a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus .
Com ou sem instrumentos musicais, a tradição manda que os grupos saiam à rua para cantar à porta das pessoas da terra.
Também há, regra geral, um solista que canta os primeiros versos, que depois são repetidos pelo côro.
Os donos das casas costumam receber os cantadores, e servem frutos secos, doces tradicionais,chouriço assado e, claro, um copito de vinho ou um licor, que as noites de Janeiro são frias e há que afinar as gargantas...
Nesse caso, quando saem, os "janeireiros" cantam um verso de agradecimento, desejando coisas boas aos donos da casa, como este: "Esta casa é tão alta/É forrada de papelão/Aos senhores que cá moram/Deus lhes dê a salvação".
Caso os donos da casa não abram sequer a porta, recebem um "mimo" diferente: "Esta casa é tão alta/É forrada de madeira/ Aos senhores que cá moram/Deus lhes dê uma caganeira".
(Os versos variam de região para região).
*****************
Cantar Janeiras e Reis nas Terras da Feira - Rancho Regional da Vila de Lobão .