segunda-feira, 31 de março de 2008
quinta-feira, 27 de março de 2008
GRUPO FOLCLÓRICO "DAS LAVRADEIRAS DA MEADELA" - VIANA DO CASTELO.
A freguesia da Meadela, incluída desde 1988 no perímetro da cidade de Viana do Castelo, fica situada na margem direita do Rio Lima, província do Minho, no litoral norte de Portugal. Esta região é justamente considerada pela crítica como a "capital" da etnografia e do folclore português.
(TEXTO ORIGINAL DO G.F. DAS LAVRADEIRAS DA MEADELA)
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Grupo Folclórico das lavradeiras da Meadela - vira das palmas.
Nesta freguesia, outrora de características marcadamente rurais, está a origem da fundação do Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela em 1934, sendo um dos grupos folclóricos mais antigos do país. O grupo continua a manter bem vivas as tradições herdadas dos seus antepassados, representando danças, cantares e músicas tradicionais relacionadas com as lides agrárias, como o seu próprio nome "Lavradeiras da Meadela" sugere.
É possuidor de uma vasta e fabulosa colecção de trajes regionais, muito coloridos, variados e ricos, confeccionados artesanalmente com materiais genuínos, sendo também considerados uma riqueza do património nacional. Com os seus trajes, a alegria dos seus cantares e a vivacidade das suas danças obteve inúmeros prémios e distinções em vários países da Europa, Ásia e América, destacando - se as suas representações no festival internacional de danças tradicionais de Szeged na Hungria, cuja eleição lhe mereceu o primeiro prémio (chinela de ouro) e diploma de honra pela indumentária, e ainda o primeiro prémio pela "riqueza, fidelidade filológica e correcta transposição cénica"no vigéssimo sexto festival mundial castello de Gorizia(Itália).
Distingue - se ainda pela sua participação em inúmeros programas de televisão em Portugal, Espanha, Holanda, ex -URSS, Bélgica, Brasil e Itália, e pela colaboração em numerosos documentários sobre a "capital" do folclore, Viana do Castelo.
Participa regularmente em festivais internacionais de folclore no âmbito do CIOFF(Conselho internacional de organizadores de festivais de folclore e das artes populares), sendo considerado um dos grupos mais conhecidos e famosos do folclore português.
É membro efectivo da federação do folclore português e membro fundador da associação de grupos folclóricos do Alto Minho. Está ainda filiado no INATEL e inscrito no comité internacional EUROPEADE.
Galardoado com a medalha de prata de Mérito do município de Viana do Castelo pelos altos serviços que tem prestado na divulgação da região, aquém e além fronteiras.
Em 1995, foi declarado pelo governo português como instituição de Utilidade Pública.
(TEXTO ORIGINAL DO G.F. DAS LAVRADEIRAS DA MEADELA)
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Grupo Folclórico das lavradeiras da Meadela - vira das palmas.
SENHORA DA CAPA - COIMBRA - BEIRA LITORAL.
Trajo feminino da primeira metade do século XIX, década de 1840, segundo uma litografia de Palhares, constituído por longa capa escura e vestido burguês, aqui a imitar figurinos de revista que poderiam incluir o leque, em tom rosa, com a saia guarnecida por amplo folho.
Cabeça coberta por lenço bordado.
Cabeça coberta por lenço bordado.
terça-feira, 25 de março de 2008
TRAJES DE IR À FEIRA - (BOEIROS) - S. PEDRO DE RATES - DOURO LITORAL.
Trajo masculino - camisa, calça e colete.
Acessórios: faixa, chapéu e sapatos.
Camisa de linho, com colarete, aberta sobre o peito com pregas e carcela formando peitilho; manga comprida sem cavas, decorada com preguinhas miúdas na parte superior.
Calças compridas de tecido preto, ajustadas na cintura com faixa preta. Colete de tecido idêntico ao das calças, com bolsos.
Cobre a cabeça com chapéu de feltro preto e calça sapatos da mesma cor.
Trajo feminino - camisa, saia de trezes e colete.
Acessórios: lenço de cabeça, lenço de peito, avental, algibeira, faixa, meias, chinelas, chapéu de pano e outros.
Camisa de linho branca, decote guarnecido com duplo folho bordado a branco, aberta no peito; manga comprida, bordado a branco no cimo e refegos junto ao pulso, terminando com folho.
Saia de tecido misto caseiro, trezes (tecido misto usado nas saias, na região de S. Pedro de Rates.) de linho, lã e algodão com preguinhas junto à cintura e barra azul. Avental do mesmo tecido manual, franzido na cinta. Faixa preta sobre as ancas, arregaçando a saia e o avental.
Espreitando junto à cintura, algibeira de tecido azul decorada com pespontos. Cruzado sobre o peito, lenço de lã estampado com motivos florais, poligromos, terminando com franja vermelha. Na cabeça, lenço atado atrás sobreposto por chapéu de pano de copa baixa e aba larga.
Sobre o peito pendem cordões e corações; pequenas argolas nas orelhas.
Neste conjunto merece destaque no trajo da rapariga o tecido caseiro da saia e do avental, localmente conhecido por trezes. Esta designação ficou a dever - se às três fibras usadas na tecelagem, lã, linho e algodão e também devido aos três pedais ou peanhas pertencentes ao tear onde era produzido. Quanto ao chapéu de pano, como era conhecido, embora sendo de feltro castanho ou preto, comprava - se na Póvoa de Varzim, na chapelaria da moda hoje desaparecida.
(Fonte:O trajo regional em Portugal , de Tomaz Ribas.)
Acessórios: faixa, chapéu e sapatos.
Camisa de linho, com colarete, aberta sobre o peito com pregas e carcela formando peitilho; manga comprida sem cavas, decorada com preguinhas miúdas na parte superior.
Calças compridas de tecido preto, ajustadas na cintura com faixa preta. Colete de tecido idêntico ao das calças, com bolsos.
Cobre a cabeça com chapéu de feltro preto e calça sapatos da mesma cor.
Trajo feminino - camisa, saia de trezes e colete.
Acessórios: lenço de cabeça, lenço de peito, avental, algibeira, faixa, meias, chinelas, chapéu de pano e outros.
Camisa de linho branca, decote guarnecido com duplo folho bordado a branco, aberta no peito; manga comprida, bordado a branco no cimo e refegos junto ao pulso, terminando com folho.
Saia de tecido misto caseiro, trezes (tecido misto usado nas saias, na região de S. Pedro de Rates.) de linho, lã e algodão com preguinhas junto à cintura e barra azul. Avental do mesmo tecido manual, franzido na cinta. Faixa preta sobre as ancas, arregaçando a saia e o avental.
Espreitando junto à cintura, algibeira de tecido azul decorada com pespontos. Cruzado sobre o peito, lenço de lã estampado com motivos florais, poligromos, terminando com franja vermelha. Na cabeça, lenço atado atrás sobreposto por chapéu de pano de copa baixa e aba larga.
Sobre o peito pendem cordões e corações; pequenas argolas nas orelhas.
Neste conjunto merece destaque no trajo da rapariga o tecido caseiro da saia e do avental, localmente conhecido por trezes. Esta designação ficou a dever - se às três fibras usadas na tecelagem, lã, linho e algodão e também devido aos três pedais ou peanhas pertencentes ao tear onde era produzido. Quanto ao chapéu de pano, como era conhecido, embora sendo de feltro castanho ou preto, comprava - se na Póvoa de Varzim, na chapelaria da moda hoje desaparecida.
(Fonte:O trajo regional em Portugal , de Tomaz Ribas.)
quinta-feira, 20 de março de 2008
PASSEIO DOS BOIS DA PÁSCOA - PÓVOA DE VARZIM.
O "passeio dos bois da páscoa"cumpria uma tradição cuja origem se desconhece e que nas últimas décadas foi caindo em desuso.
Realizava - se na Quinta Feira Santa e tinha por fim mostrar as gordas e luzidias rezes destinadas a abate para consumo na quadra da páscoa.
O gado carregava vistosas cangas em madeira lavrada ou pintada era enfeitado com garridos ramos de flores e fitas vermelhas, e arreados com típicos chocalhos que produziam o seu característco e festivo tilintar. Raparigas escolhidas pelo seu garbo e beleza, vestiam lindos trajes regionais em que sobressaiam arrecadas e grossos cordões de ouro com corações de filigrana e amuletos, o que emprestava cor e vida ao desfile, trasformando o passeio dos bois num interessante e colorido cortejo etnográfico. A "chamadeira", de fueiro em riste, seguia na frente, e tinha a seu lado o "marchante", proprietário do gado, com o seu melhor fato, e cajado na mão. As moças de soga conduziam o gado e os tangedores espicaçavam - no para lhe estimular o andar.
O luzido cortejo percorria assim as ruas da Póvoa de Varzim perante o olhar interessado da multidão entre a qual se encontravam criadores e marchantes de toda a região. De quando em quando o cortejo parava para que os marchantes oferecessem às suas comitivas refrescante vinho em canecas de barro, depois do que prosseguia até à praça do Almada.
Ali, frente ao edifício da câmara , esperavam - no as autoridades mais representativas do concelho que assistiam à passagem das rezes e classificavam as melhores, atribuindo prêmios e medalhas comemorativas aos respectivos proprietários e as "chamadeiras".
quarta-feira, 19 de março de 2008
TRAJES DE PESCADOR E VARINA - OVAR - BEIRA LITORAL.
O trajo tradicional do pescador caracteriza - se pelo uso de camisa de lã, de padrão xadrezado, com vários tons coloridos, "
trozes" ou ceroulas de aipo de tom claro, cinta ou faixa preta em malha de lã franjada nas extremidades e barrete negro em malha de lã.
O trajo de varina compõe - se pela blusa bordada, de algodão com tons claros; saia de algodão, com cor diferente da blusa, avental, fazendo contraste com a peça antecedente; algibeira de pano preto de lã com fita preta; uma faixa ou cinta igual à do pescador; xaile de lã e lenço dobrado em triângulo colocado sob o chapelinho de feltro preto, com aba bastante estreita. Ao domingo, usa chinelas pretas lisas de cabedal envernizado, havendo ausência de meias.
Sempre que o homem se encontra ausente a mulher substitui o trajo habitual por um trajo mais escuro, exprimindo, assim, a dor da ausência.
Se "o mar já não volta a traze - lo" enverga, então, para sempre o trajo preto.
(TEXTO DA C.M. DE OVAR)
terça-feira, 18 de março de 2008
TRAJES DE VILA VERDE - BRAGA.
Neste pequeno vídeo que se segue, podemos apreciar alguns belíssimos trajes de Vila Verde, apresentados pelo grupo folclórico deste concelho(Vila Verde)-distrito de Braga - Minho.
Trajes de noivos , trajes de encosta , trajes da ribeira ,de feira ou de lavradeira e trajes de trabalho.
sexta-feira, 14 de março de 2008
ROMARIA QUARESMAL - SÃO MIGUEL - AÇORES.
A tradição romeira remonta aos tempos medievais quando era comum os fiéis visitarem os lugares sacros da cristandade como ato de contrição pelos seus pecados, e agradecimento pelas graças recebidas do alto. Dois dos mais conhecidos e frequentados santuários da Europa Ocidental eram Cantuária na Inglaterra , peregrinação consagrada nos contos de Cantuária de Geoffrey Chaucer, e Santiago de Compostela na Galícia. Nessa época todos os caminhos acabavam em Santiago, repositório das tão afamadas e milagrosas relíquias do Apóstolo Tiago.
A ROMARIA QUARESMAL MICAELENSE.
A romaria em São Miguel teve o seu início na sequência dos violentos sismos e erupções vulcânicasque abalaram Vila Franca do Campo em 1522 e 1563 respectivamente. Numa era em que os cataclismos naturais eram tidos como punição divina pelos pecados do homem, os sacerdotes locais tais como o Frei Afonso de Toledo instigaram o povo à prática da devoção e procissões marianas, passando os micaelenses a peregrinar pelas capelas, igrejas e ermidas da ilha rogando a proteção da Virgem e intervenção divina para a resolução de seus males e aflições.
A tradição romeira encontra - se bem viva nos corações e vidas dos habitantes atuais de São Miguel, não havendo, todavia, conhecimento ou registro da sua existência nas restantes ilhas do arquipélago açoriano. Com a difusão da cultura açoreana pelo mundo através da emigração, o povo micaelense levou, entre os seus vários costumes e tradições, a romaria quaresmal, hoje ainda ponto referencial da sua fé como tantos outros, nomeadamente as festas do Divino Espírito Santo, estando bem presente nos vários grupos romeiros existentes nas comunidades de emigrantes do continente norte americano, os quais regressam anualmente à ilha para manifestar a sua fé junto dos seus lugares sacros, invocando a Virgem Santíssima por todo o percurso.
O romeiro ostenta o bordão, xaile, lenço e saco ao ombro. Leva ainda dois terços, um ao pescoço e outro na mão para a oração durante o decurso de toda a romaria. O bordão serve para apoiar e facilitar o caminhar do peregrino pelas veredas e atalhos acidentados da ilha, o xaile e lenço por sua vez, para protege - lo do frio e da chuva.
Embora o traje tenha tido origem nas necessidades puramente físicas do romeiro em peregrinação, este transformou - se com o decorrer do tempo em simbolismos místico - religiosos: o bordão relembra o cetro entregue a Cristo pelos romanos no seu julgamento ante Pilatos, o xaile a sua túnica, o lenço a coroa de espinhos do seu suplício e o saco a Cruz a caminho do Calvário.
RITUAIS E ITINERÁRIO.
A romaria em São Miguel decorre ao longo de oito dias, findando o itinerário no ponto de partida. Os participantes são, por norma, leigos que contam com a colaboração do clero durante toda a sua realização. O seu propósito é visitar as casas de Nossa Senhora. O itinerário é pré - estabelecido e sua efetivação a cargo do mestre do grupo. Atualmente, a pernoita e a esmola de outrora foram substituídas por uma organização mais em sintonia com os nossos tempos. Providencia - se com a devida antecedência a colaboração das paróquias ao longo de todo o percurso previsto para a romaria, e onde os paroquianos acolhem os romeiros em suas casas, facultando - lhes a refeição da noite e água quente com sal para os pés fatigados e lacerados pela caminhada. O romeiro leva ao ombro o saco de alimentos para as demais refeições da jornada.
Ao lavar os pés do peregrino, alguns anfitriões relembram o gesto de humildade e caridade de Jesus junto dos seus apóstolos.
A CAMINHO DA ACHADA.
A Avé Maria é o cântico predominante de toda a romaria, sendo o Pai Nosso ofertado em silêncio enquanto o Glória é rezado somente nas paragens efetuadas durante a jornada. O grupo faz - se acompanhar à retaguarda de um procurador de almas cuja missão é recolher quantificar os pedidos de oração das gentes que possam porventura encontrar pelo caminho.
O requisitante deverá, por sua vez, recolher - se e rezar igual número de Avé Marias quanto os romeiros que encontrou. O lembrador das almas recorda os falecidos que jazem nos cemitérios do percurso, instigando os romeiros à oração por suas almas.
Como em quase toda a tradição religiosa popular, também aqui o sacro se confunde com o profano nas engraçadas histórias e piadas contadas à volta da refeição, as quais espelham toda a alegria e bonomia do convívio fraternal entre romeiros.
quinta-feira, 13 de março de 2008
TRAJE DE NOIVOS - VILA VERDE.
O traje de noivos, variante do traje de encosta, é a continuação, na versão cerimonial, do traje domingueiro ou de festa. Tanto no traje feminino como no masculino, onde a cor que predomina é o preto.
O homem vestia calça e botas pretas , próprias de cerimónias, camisa de linho bordada, especialmente a branco, colete e casaca pretos de pelúcia e chapéu igualmente preto.
A mulher vestia saia, avental e casaca pretas ricamente guarnecidas a vidrilhos, veludos e rendas, e chinelas pretas contrastando com as meias brancas. O branco também marcava presença no véu em tule de algodão, igualmente bordado a branco. O abundante ouro era presença obrigatória neste dia, símbolo do dote da mulher minhota. Salienta - se , porém , pela sua unicidade, o facto da mulher não levar o ramo na mão, mas sim um pequeno ramo de flores de laranjeira colocado no peito sobre o lado esquerdo com grandes fitas de seda branca pendentes, simbolizando a pureza da noiva. Para além disto, ela levava um xaile de seda no braço direito, símbolo do seu enxoval e , também, um guarda - sol com o fim de embelezar o seu traje.
O homem vestia calça e botas pretas , próprias de cerimónias, camisa de linho bordada, especialmente a branco, colete e casaca pretos de pelúcia e chapéu igualmente preto.
A mulher vestia saia, avental e casaca pretas ricamente guarnecidas a vidrilhos, veludos e rendas, e chinelas pretas contrastando com as meias brancas. O branco também marcava presença no véu em tule de algodão, igualmente bordado a branco. O abundante ouro era presença obrigatória neste dia, símbolo do dote da mulher minhota. Salienta - se , porém , pela sua unicidade, o facto da mulher não levar o ramo na mão, mas sim um pequeno ramo de flores de laranjeira colocado no peito sobre o lado esquerdo com grandes fitas de seda branca pendentes, simbolizando a pureza da noiva. Para além disto, ela levava um xaile de seda no braço direito, símbolo do seu enxoval e , também, um guarda - sol com o fim de embelezar o seu traje.
Site recomendado: Grupo folclórico de vila verde - http://www.gfvv.web.pt/
terça-feira, 11 de março de 2008
TRAJE DOMINGUEIRO - CURRAL DAS FREIRAS - ILHA DA MADEIRA.
O VIRA.
O vira é uma das danças mais antigas de Portugal, e é particularmente mais popular no noroeste. O nome da dança deriva do verbo virar, uma referência a um dos seus movimentos mais característicos.
Em 6/8, o vira é normalmente acompanhado por um repertório vocal em forma estrófica, com ou sem refrão. Existem inúmeras variantes do vira.
Em algumas execuções, o cantador solo manda os bailadores virar gritando a palavra ``virou``, entre algumas das quadras. Os textos das modas que acompanham o vira focam aspectos da vida rural, incluindo o amor, o namoro, o casamento e a emigração.
segunda-feira, 10 de março de 2008
TRAJES DE LAVRADORES RICOS - SÃO TIAGO DE SILVALDE - ESPINHO.
HOMEM - Fato preto/castanho de fazenda de lã e colete do mesmo com fita de seda, chapéu de feltro preto/castanho, camisa de linho branco, botas pretas de elástico ou castanhas de cordões,corrente de ouro ou prata para relógio,que é posto no bolso do colete.
MULHER - Camisa de linho, saiotes brancos de linho com rendas feitas à mão, blusa ou casaquinha e saia(em merino , brocado ou seda), lenço de seda ou chapéu, pucho na cabeça, chinelas de tacão em camurça ou verniz e meia rendada branca. Ao pescoço cordões com medalhas. Nas orelhas, brincos de ouro.
FONTE: Rancho folclórico de São Tiago de Silvalde.http://www.ranchodesilvalde.pt/
MULHER - Camisa de linho, saiotes brancos de linho com rendas feitas à mão, blusa ou casaquinha e saia(em merino , brocado ou seda), lenço de seda ou chapéu, pucho na cabeça, chinelas de tacão em camurça ou verniz e meia rendada branca. Ao pescoço cordões com medalhas. Nas orelhas, brincos de ouro.
FONTE: Rancho folclórico de São Tiago de Silvalde.http://www.ranchodesilvalde.pt/
domingo, 9 de março de 2008
TRAJE DE VENDEDEIRA DOS LARGOS - COIMBRA.
A literatura e as gravuras do século XIX
deixaram - nos encantadores retratos desta vendedeira que frenquentava o largo de Sansão, o largo da Sé velha, o largo da feira ou o arco do Bispo.
Vendia doces típicos de Coimbra e produtos variados, alguns dos quais confeccionava no lugar da venda, como era o caso das castanhas assadas ou dos velhoses, na altura do natal.
Os pregões variavam com os produtos, mas mantinha - se a musicalidade da frase: Merca velhoses!Quem os quer quentinhos d`agora!
FONTE:Grupo folclórico casa do pessoal da universidade de Coimbra.http://www1.ci.uc.pt/cpessoal/grupfolk.htm
sexta-feira, 7 de março de 2008
LENDA DO MILAGRE DAS ROSAS - COIMBRA.
Esta é uma das mais conhecidas lendas portuguesas que enaltece a bondade da rainha D. Isabel para com todos os seus súditos, a quem levava esmolas e palavras de consolo. Conta a história que um nobre despeitado informou o rei D. Dinis que a rainha gastava demais nas obras das igrejas, doações a conventos, esmolas e outras ações de caridade e convenceu - o a por fim a estes excessos.
O rei decidiu surpreender a rainha numa manhã em que esta se dirigia com o seu séquito às obras de Santa Clara e à distribuição habitual de esmolas e reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço.
Interrogada por D. Dinis, a rainha informou que ia ornamentar os altares do mosteiro ao que o rei insistiu que tinha sido informado que a rainha tinha desobedecido às suas proibições, levando dinheiro aos pobres.
De repente e mais confiante D. Isabel respondeu: enganai - vos, real senhor. O que levo no meu regaço são rosas... O rei irritado acusou - a de estar a mentir: como poderia ela ter rosas em janeiro? Obrigou - a, então , a revelar o conteúdo do regaço. A rainha Isabel mostrou perante os olhos espantados de todos o belíssimo ramo de rosas que guardava sob o manto. O rei ficou sem palavras, convencido que estava perante um fênomeno sobrenatural e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu na sua intenção de ir levar as esmolas. A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou Santa a rainha Isabel de Portugal.
O rei decidiu surpreender a rainha numa manhã em que esta se dirigia com o seu séquito às obras de Santa Clara e à distribuição habitual de esmolas e reparou que ela procurava disfarçar o que levava no regaço.
Interrogada por D. Dinis, a rainha informou que ia ornamentar os altares do mosteiro ao que o rei insistiu que tinha sido informado que a rainha tinha desobedecido às suas proibições, levando dinheiro aos pobres.
De repente e mais confiante D. Isabel respondeu: enganai - vos, real senhor. O que levo no meu regaço são rosas... O rei irritado acusou - a de estar a mentir: como poderia ela ter rosas em janeiro? Obrigou - a, então , a revelar o conteúdo do regaço. A rainha Isabel mostrou perante os olhos espantados de todos o belíssimo ramo de rosas que guardava sob o manto. O rei ficou sem palavras, convencido que estava perante um fênomeno sobrenatural e acabou por pedir perdão à rainha que prosseguiu na sua intenção de ir levar as esmolas. A notícia do milagre correu a cidade de Coimbra e o povo proclamou Santa a rainha Isabel de Portugal.
GRUPO FOLCLÓRICO DE CIDACOS - OLIVEIRA DE AZEMÉIS - BEIRA LITORAL.
Pedra, quinta de Cidacos, à rua Padre Alírio de Melo,código postal 3720
209 - Oliveira de Azeméis, iniciou a sua atividade em 15 de agosto de
1960, nas festas de La Salette em Oliveira de Azeméis, com o intuito de
não se perder o folclore da região.Houve dificuldades em obter danças,
felizmente conseguiram - se, indagando - se junto de pessoas idosas.O
grupo folclórico de Cidacos, é um fiel representante das danças, cantares, trajes e tradições do seu concelho, da época de 1890 a 1910. Reúne - se todos os sábados para ensaiar.O grupo é uma família, todos os componentes são entre si da mesma ou de outra família, irmãos, primos, cunhados, pais, filhos e netos(três gerações). As instalações da coletividade, onde o grupo guarda os trajes e instumentos musicais, foram cedidas gratuitamente, pela diretora do grupo,D. Isabel Maria Seabra Amador Valente Sá Oliveira Calejo, que é membro da CIOFF - conseil internacional das organisations de festivais de folklore et d`arts traditionnels, fundada em França. O grupo é sócio fundador da federação de folclore Português, sócio fundador da Famoa - Federação das associações do município de Oliveira de Azeméis e inscrito no INATEL - instituto nacional tempos livres.
O lugar de Cidacos, que deu o mote ao nome do grupo folclórico de Cidacos, é parte integrante da freguesia de Oliveira de Azeméis;distrito de Aveiro; província da Beira Litoral, encontra - se localizado à saída da cidade de Oliveira de Azeméis, no sopé do histórico Monte dos Crastos, que foi transformado no parque de La Salette - ex libris da cidade e do concelho.
quarta-feira, 5 de março de 2008
TRAJE DE ENCOSTA - BRAGA.
Jaqueta(casaquinho),saia, e camisa.
acessórios:dois lenços de peito, lenço de pedidos, avental, meias, chinelas e ouros.
Camisa branca oculta mas denunciada pelo folho bordado que quarnece o cós do decote; jaqueta preta de tecido de lã lavrada armur, aparelhada nas frentes e mangas com vidrilhos e aplicação de tira de pelúcia.Saia de baetilha, muito franzida na cintura e aparelhada até meia altura com aplicação de tiras de veludo, bordados a vidrilhos e fita de cetim.Avental de veludo preto, bordado e guarnecido com galão. Preso na cinta, lenço de pedidos branco marcado a preto com motivos de simbologia amorosa. Por baixo da jaqueta, lenço de merino, denunciado pelas franjas amarelas que espreitam junto à aba. Sobre os ombros, lenço de seda preta lavrada a amarelo com motivos florais. Calça meias brancas rendadas e chinelas pretas pespontadas a branco. Completa este conjunto o fio de contas, os cordões, as cruzes, os corações e brincos à rainha.
No interior do distrito de Braga, na zona mais montanhosa, surge este trajo de festa, com pormenores muito próprios. A jaqueta bordada e usada no inverno é enriquecida na orla pela aplicação de peles diversas sempre pretas, a que chamam màràbu.Também o lenço cruzado sobre o peito serve de contorno às peças de ouro, não devendo nenhuma ultrapassá - lo.É,em suma, a imagem que esta mulher abastada pretende transmitir.
FONTE:O trajo regional em Portugal, de Tomaz Ribas.
acessórios:dois lenços de peito, lenço de pedidos, avental, meias, chinelas e ouros.
Camisa branca oculta mas denunciada pelo folho bordado que quarnece o cós do decote; jaqueta preta de tecido de lã lavrada armur, aparelhada nas frentes e mangas com vidrilhos e aplicação de tira de pelúcia.Saia de baetilha, muito franzida na cintura e aparelhada até meia altura com aplicação de tiras de veludo, bordados a vidrilhos e fita de cetim.Avental de veludo preto, bordado e guarnecido com galão. Preso na cinta, lenço de pedidos branco marcado a preto com motivos de simbologia amorosa. Por baixo da jaqueta, lenço de merino, denunciado pelas franjas amarelas que espreitam junto à aba. Sobre os ombros, lenço de seda preta lavrada a amarelo com motivos florais. Calça meias brancas rendadas e chinelas pretas pespontadas a branco. Completa este conjunto o fio de contas, os cordões, as cruzes, os corações e brincos à rainha.
No interior do distrito de Braga, na zona mais montanhosa, surge este trajo de festa, com pormenores muito próprios. A jaqueta bordada e usada no inverno é enriquecida na orla pela aplicação de peles diversas sempre pretas, a que chamam màràbu.Também o lenço cruzado sobre o peito serve de contorno às peças de ouro, não devendo nenhuma ultrapassá - lo.É,em suma, a imagem que esta mulher abastada pretende transmitir.
FONTE:O trajo regional em Portugal, de Tomaz Ribas.
TRAJE DE IR À MISSA E CAMINHADAS - PONTA DO SOL - ILHA DA MADEIRA.
Carapuça de baeta azul, forrada a vermelho, com pequenas orelhinhas laterais vermelhas;apêndice terminal em agulha, arqueado.Cobre nuca dobrado em triângulo, de linho fino, branco.Blusa branca feita de linho fino;mangas compridas, tufadas, com punhos; gola de virados, com pontas em bicos, ligeiramente aberta e com duplo botão de ouro.Corpete feito de lã, vermelho, com decote redondo, pouco acentuado; fechado à frente, por cordões amarelos metidos em filas de ilhós; bordado; ligeiramente descido à frente e boleado; debruado a verde. Saia de lã, tecida, vermelha, larga, cortada no primeiro terço e apertada com cadarço e botão, à esquerda; fundo vermelho, com riscas perpendiculares coloridas; debruada a verde. Ao pescoço cordão de ouro; no dedo anelar esquerdo, aliança.
Apesar de alguma peculiaridade nos trajos da ponta do sol, esta veste insere- se em modelos usados em toda ilha, nomeadamente na às riscas, cortada no terço superior, na blusa de linho da terra e no colete profusamente bordado. Graciosamente, um lenço um lenço em triângulo, preso à carapuça, cobre a nuca da figura feminina. O não uso da capa, a leveza do cobre - nuca e a postura da jovem mulher torna a figura graciosa e gentil. (PORMENOR DO CORPETE.)
FONTE: O trajo regional em Portugal, de Tomaz Ribas.
Apesar de alguma peculiaridade nos trajos da ponta do sol, esta veste insere- se em modelos usados em toda ilha, nomeadamente na às riscas, cortada no terço superior, na blusa de linho da terra e no colete profusamente bordado. Graciosamente, um lenço um lenço em triângulo, preso à carapuça, cobre a nuca da figura feminina. O não uso da capa, a leveza do cobre - nuca e a postura da jovem mulher torna a figura graciosa e gentil. (PORMENOR DO CORPETE.)
FONTE: O trajo regional em Portugal, de Tomaz Ribas.
segunda-feira, 3 de março de 2008
O QUE É FOLCLORE?
Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições, e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração.
Todos os povos possuem suas tradições, crendices e supertições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.
O termo folclore aparece pela primeira vez cunhado por Ambrose Merton - pseudônimo de Willian Johh Thoms - em uma carta endereçada à revista The athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa FOLK e LORE(povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir as tradições,costumes e supertições das classes populares. Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de hístoria não escrita de um povo.À medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, todas essas tradições passaram a ser consideradas frutos da ignorância popular.Entretanto, o estudo do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato folclórico é influenciado por sua época.
No século XIX , a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.
CARACTERÍSTICAS DO FATO FOLCLÓRICO:
Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características:
TRADICIONALIDADE: vem se transmitindo geracionalmente.
ORALIDADE: é transmitido pela palavra falada.
ANONIMATO: não tem autoria.
FUNCIONALIDADE: existe uma razão para o fato acontecer.
ACEITAÇÃO COLETIVA: há uma identificação de todos com o fato.
VULGARIDADE: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
ESPONTANEIDADE: não pode ser oficial nem institucionalizado.
ENLOGAÇÃO FOLCLÓRICA:
música, danças e festas, linguagem, usos e costumes, brinquedos e brincadeiras, lendas, mitos e contos, crenças e supertições, arte e artesanato.
( NO FOLCLORE NÃO SE INVENTA E NEM - SE SUBSTÍTUI.)
Todos os povos possuem suas tradições, crendices e supertições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.
O termo folclore aparece pela primeira vez cunhado por Ambrose Merton - pseudônimo de Willian Johh Thoms - em uma carta endereçada à revista The athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa FOLK e LORE(povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir as tradições,costumes e supertições das classes populares. Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de hístoria não escrita de um povo.À medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, todas essas tradições passaram a ser consideradas frutos da ignorância popular.Entretanto, o estudo do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato folclórico é influenciado por sua época.
No século XIX , a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.
CARACTERÍSTICAS DO FATO FOLCLÓRICO:
Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve apresentar as seguintes características:
TRADICIONALIDADE: vem se transmitindo geracionalmente.
ORALIDADE: é transmitido pela palavra falada.
ANONIMATO: não tem autoria.
FUNCIONALIDADE: existe uma razão para o fato acontecer.
ACEITAÇÃO COLETIVA: há uma identificação de todos com o fato.
VULGARIDADE: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
ESPONTANEIDADE: não pode ser oficial nem institucionalizado.
ENLOGAÇÃO FOLCLÓRICA:
música, danças e festas, linguagem, usos e costumes, brinquedos e brincadeiras, lendas, mitos e contos, crenças e supertições, arte e artesanato.
( NO FOLCLORE NÃO SE INVENTA E NEM - SE SUBSTÍTUI.)
domingo, 2 de março de 2008
LENDA - A MULA DA RAINHA SANTA MAFALDA - AROUCA.
A Rainha Santa a que se refere esta lenda é D.Mafalda, a filha preferida de D. Sancho I e a irmã favorita de D. Afonso II. A jovem princesa era bela e perfeita como poucas, e senhora de uma esmerada educação.Naquele tempo, subiu ao trono de Castela D. Henrique, uma criança de doze anos apenas, facilmente manobrada pelo seu tutor, Álvaro de Lara ,que queria governar através do jovem rei.Querendo - lhe dar como esposa uma mulher que o dominasse quando fosse adulto, escolheu D. Mafalda e o casamento celebrou - se. D. Berengária, a mãe de D. Henrique, invocou ao Papa a consanguinidade dos jovens e o divórcio teve lugar antes da súbita morte do rei aos 14 anos. D. Mafalda regressou a Portugal virgem e assim se manteve até ao fim da sua vida, passando desde então a ser tratada por rainha. Viveu os últimos anos da sua vida no mosteiro de Arouca, onde recebeu o hábito de monja. morreu aos 90 anos durante uma cobrança de foros e rendas em Rio Tinto, cujos habitantes queriam que D. Mafalda fosse sepultada nessa mesma terra. Mas em Arouca discordavam, porque era no mosteiro que ela vivia e na sua igreja deveria repousar o seu corpo para sempre.Estava a discórdia instalada quando alguém se lembrou de dizer que se pusesse o caixão em cima da mula em que a infanta costumava viajar e para onde o animal se dirigisse seria o local onde seria sepultada. A mula não teve dúvidas e quando chegou à igreja do mosteiro de Arouca, acercou-se do altar de São Pedro e aí morreu.O sepulcro de D. Mafalda foi duas vezes aberto no século XVII e tanto o seu corpo como as suas vestes estavam incorruptos.Em 1793, O Papa Pio VI confirmou-lhe o culto com o título de beata.