sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ROMARIA DA SENHORA DA BONANÇA - VILA PRAIA DE ÂNCORA

No segundo fim de semana de setembro celebra-se a Festa em honra de Nossa Senhora da Bonança, em Vila Praia de Âncora. É a romaria mais popular do Concelho de Caminha, com tradição registada desde 1883. O centro da festa era o antigo lugar denominado da Lagarteira. Estamos perante verdadeiro arraial, com todos os ingredientes tradicionais típicos e necessários: música, bandas filarmónicas, dança, folclore, cortejo etnográfico, procissões religiosas, fogo de artifício, boa comida e bom vinho!
O ponto alto da festa é, sem dúvida, a majestosa procissão naval, que se realiza sempre à quinta-feira, pelas 15 horas. Nesse dia, as embarcações vestem o seu melhor traje de festa e, engalanadas, dirigem-se ao Forte da Ínsua, para ai recolher a imagem da Senhora da Ínsua. Manda a tradição que na quinta-feira antes da festa, as embarcações partam em direção à Ínsua para ir buscar a senhora. São na sua maioria pescadores de Vila Praia de Âncora mas também de Viana do Castelo que se deslocam em embarcações devidamente engalanadas, pois o dia é de festa. Partem depois do almoço em direção a norte e sempre que o mar o permite. E não vão só pescadores, vão também embarcações de recreio que fazem questão de se juntar à procissão naval, um dos momentos altos da romaria em honra da Senhora da Bonança que tem lugar em Vila Praia de Âncora de 11 a 14 de Setembro.
  Em terra a Senhora da Ínsua está pronta para ir visitar as gentes de Vila Praia de Âncora, um ritual que acontece todos os anos por esta altura.
No cais da rua está a embarcação que irá levar a senhora até perto do forte com o seu nome, onde será depois transladada para uma outra embarcação .
Dezenas de embarcações acompanham-na até Vila Praia de Âncora onde fica até domingo ,um momento vivido com muita emoção pelas gentes locais.
No cais todos querem beijar e tocar a imagem da Senhora a quem os pescadores pedem proteção no mar. À espera está o andor que a vai levar em procissão até à Capela da Srª da Bonança situada bem no centro da vila.
Mas antes, junto ao farol, há sermão. O orador pede proteção no mar e abundância para os pescadores.
Findo o Sermão, a imagem segue para a Capela onde fica até Domingo, dia da grande procissão religiosa.
É assim o arranque de mais uma festa em honra da Senhora da Bonança, uma das maiores romarias do concelho de Caminha.
Sendo esta uma festividade muito ligada à classe piscatória local, a Romaria da Srª da Bonança não deixa de ser a festa da comunidade de Vila Praia de Âncora. Uma festa que congrega muita gente. Junta os pescadores que encontram na senhora muita devoção e muito aconchego, mas junta também pessoas de muitos lugares e muitas terras que aqui acorrem de propósito para celebrar e festejar não só em termos religiosos, mas também em termos culturais e de diversão. A festa é um momento de reflexão , mas também de encontro e confraternização entre amigos e familiares”
                                                                                                                                                                   ***



quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ROMARIA DE SÃO JOÃO D'ARGA



O Mosteiro de São João D'Arga está situado na Serra D'Arga, em Arga de Baixo . Neste encontra-se a Capela de São João que representa um dos testemunhos medievais mais importantes dessa região. Este mosteiro tem alta visibilidade sobre o rio Minho, para além disto é sede de uma romaria, que se iniciou desde muito cedo, dedicada a São João Baptista. Apesar de se desconhecer a data da fundação do mosteiro, as suas características apontam para os finais do século XIII, pois este tem uma arquitetura românica . Assim, insere-se no grupo das pequenas igrejas rurais, possuindo uma capela-mor de planta quadrangular e panos murários robustos.

A capela de São João só é aberta aos caminhantes aquando dos dias de festa, tendo sido alvo de diversas reformas ao longo dos séculos.
O mosteiro possui também um albergue para romeiros à volta da capela que é alugado a escuteiros.

A romaria de São João D´Arga realiza-se nos dias 28 e 29 de Agosto, sendo que na noite de dia 28 para 29 realiza-se uma grande festa com muita animação. Os romeiros, uns com o intuito de assistir à festa e outros com o de pagarem promessas e assistirem às cerimónias religiosas, deslocam-se dos concelhos vizinhos pernoitando depois na zona envolvente do Mosteiro. Sobre esta romaria reza a história que após subirem o monte, os peregrinos e visitantes davam 3 voltas à capela, entregando depois duas esmolas, uma ao santo (São João Baptista) e outra ao diabo, uma tradição que muitos romeiros ainda mantém.

domingo, 20 de julho de 2014

COMUNIDADE PORTUGUESA FAZ A FESTA EM HOMENAGEM A PORTUGAL

A Comunidade portuguesa de Santos e região faz a festa domingo dia 27 de julho de 2014  em homenagem ao dia de Portugal de camões a das comunidades portuguesas comemorado em 10 de junho , mas devido ao mundial de futebol e a cidade de Santos estar sediando duas seleções (México e Costa Rica) a festa foi transferida para este domingo 27/07.
Um dia inteiro dedicado a cultura de Portugal .

Programação do evento:
09h00 Orfeão do Centro Cultural Português
10h00 Solenidade de Abertura
10h30 Rancho Veteranos Apaixonados pelo Folclore
11h00 Rancho Folclórico da Casa de Portugal de Praia Grande
11h30 Banda Filhos da Tradição
12h00 Rancho Folclórico Vasco da Gama
12h30 Rancho Folclórico Verde Gaio
13h00 Vira Livre
13h30 Poetas Vivos
14h00 Grupo Folclórico Cruz de Malta
14h30 Rancho Folclórico Típico Madeirense
15h00 Grupo Fado por Acaso
15h30 Rancho Folclórico Tricanas de Coimbra
16h00 Rancho Folclórico da A.A. Portuguesa
16h30 Ricardo Araujo & Renato Araujo – Música Instrumenta
17h00 Ciça Marinho
17h30 Marly Gonçalves

segunda-feira, 7 de julho de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

GRUPO FOLCLÓRICO DE SOUTO - GUIMARÃES

Fundado em 17 de Maio de 1959, este grupo tem sido o intérprete das tradições das gentes da margem esquerda do rio Ave, preservando com rigor e fidelidade os seus usos e costumes. Trajam e dançam como outrora o faziam as gentes da região, defendendo o património cultural do Baixo Minho. O Souto é uma terra com particular incidência na agricultura, atualmente mais virada para a indústria de vestuário e bordados. Esta localidade orgulha-se de possuir na sua área geográfica o Mosteiro do qual a primeira referência documental remonta a Julho do ano 950. O Grupo Folclórico de Souto tem participado em festivais folclóricos nacionais do Minho ao Algarve e Internacionais. É membro efetivo da Federação de Folclore Português e do INATEL.


terça-feira, 20 de maio de 2014

RANCHO FOLCLÓRICO DAS LAVRADEIRAS DA TROFA - DOURO LITORAL.




O Rancho das Lavradeiras da Trofa, surge pela mão de Maria Augusta Oliveira Reis, a 2 de Março de 1961, como consequência de um trabalho iniciado em 1946, de pesquisa, recolha, e preservação dos usos e costumes da região que representa.
A Trofa, situada no topo do Douro Litoral (onde o Minho acaba e o Douro começa), estende-se pelo alongado vale de Bougado, onde corre o rio Ave.
Recebe a brisa marinha das praias de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, que ficam a cerca de 18 Km. Tem rápidos acessos ao Porto de onde dista cerca de 20 Km. Outrora terra essencialmente agrícola, a Trofa de hoje é um centro comercial, industrial e de serviços, considerável.
O Rancho das Lavradeiras da Trofa, é portador de uma vasta colecção de trajos, representando extractos sociais e profissões, de uma época situada entre o séc. XIX e início do séc. XX.

Podem ver-se Trajos de Festa de Lavradores ricos e de condição mais modesta, e de trabalho do campo ou outro; trajos que aparecem conforme a sua representação.
Além de ter percorrido o País de norte a sul, participando em festivais e romarias, hotéis e festas particulares, esteve presente em: Espanha - Santiago de Compostela, Caldas dei Rey, Oviedo, Avilez e Ourense Itália - Gorízia; Açores - ilhas Terceira, Pico e S. Jorge; França - Lê Puy en Velay e Niort; Brasil - Gravataí, Rio Grande do Sul e Ilha da Madeira. A sua actividade assenta, em recolhas efectuadas, por pessoas de gerações muito anteriores às do actual Rancho. Baseando-se nestas e em obras de Alcino Rodrigues e de Alberto Pimentel, vem apresentando quadros de Festa, Lazer e Trabalho, com o objectivo de mostrar a vivência das gentes de outrora, tentando reproduzir momentos que se perderam, que jamais se reviverão e que ficaram apenas na memória de alguns.
Está filiado no INATEL, é membro da Federação do Folclore Português desde a sua fundação, é sócio da Academia das Colectividades do Distrito do Porto e da Federação de Apoio a Festivais Internacionais de Folclore (FAFIF). Pela apresentação dos seus trajos e na interpretação das suas danças e cantares bem como na representação de quadros tradicionais, pretende assim, o Rancho das Lavradeiras da Trofa, ser um autêntico museu vivo, da sua região.




quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O BRINQUINHO - ILHA DA MADEIRA.

É um instrumento de percussão muito vulgar e popular na Região Autónoma da Madeira e um dos mais queridos, senão o mais querido do povo e dos turistas que  visitam a Madeira. Este conjunto de sete bonecos de pano tem, no seu interior, na maior parte dos casos, serradura e são revestidos com trajes típicos do nosso arquipélago, portadores de castanholas, situadas vulgarmente nas costas dos bonecos, dispostos em roda de dois arcos circulares, construídos em arame grosso. Toda esta engrenagem assenta numa cana vieira, possuindo na parte inferior um cabo em madeira (onde o tocador pega, normalmente, com a mão direita), preso a uma verga de arame centralizado no interior da mesma que, por sua vez, é ligado aos arcos circulares, acima descritos, ficando a mão esquerda fixa na cana que suporta todo o este esquema. Toca-se num movimento de acima e abaixo, de modo a ser possível percutir as castanholas. O brinquinho (em algumas zonas também chamado de bailinho), não teve a sua origem nesta ilha, dizendo-se que talvez seja de origem minhota, onde é conhecido por zuca-truca. Há quem defenda também ser de origem africana, o que não nos parece muito impossível, pois, observou-se em  Luanda, capital de Angola ex-colónia Portuguesa,  alguns instrumentos afins, com as castanholas construídas com formas de cabeças de animais. O brinco era o termo vulgarmente usado para definir outrora, um conjunto de romeiros a tocar e a cantar a caminho e nos arraiais, muito característicos na nossa ilha. É um marcador de ritmo, por excelência, na maioria dos grupos folclóricos existentes nesta ilha. Apesar de não ser de origem madeirense é, no entanto, um dos souvenirs mais apreciados e adquiridos como ex-libris do folclore desta ilha.

sábado, 4 de janeiro de 2014

O PASTOR - ARRIMAL , PORTO DE MÓS


Este usava calça e colete de cotim, camisa de riscado e cinta enrolada à cintura por causa dos esforços no campo. Na cabeça usava barrete preto e, ao pescoço, lenço de tabaqueiro, usava consigo uma capa comprida de fazenda de lã. Calçava botas castanhas de sola com tacão de prateleira.Levava consigo uma saca de retalhos com o farnel, e uma cabaça com água presa à cintura. Na mão um cajado para o ajudar a voltar o rebanho e o proteger dos animais selvagens.