terça-feira, 11 de setembro de 2012

LENDA DA NAZARÉ E FESTAS 2012

Lenda da Nazaré
Uma curiosa lenda atribui o topónimo Nazaré a uma imagem da Virgem oriunda de Nazareth, na Palestina, que um monge grego teria trazido até ao Mosteiro de Cauliniana, perto de Mérida, no século IV. No século VIII teria chegado ao Mosteiro o fugitivo Rei D. Rodrigo, último rei visigodo da Península Ibérica, depois da sua derrota, frente aos Mouros, em Guadalete. Aí teria encontrado Frei Romano que o acompanhou na sua fuga, trazendo com ele a imagem da Virgem e uma caixa com as relíquias de S. Brás e de S. Bartolomeu. Antes de morrer, Frei Romano teria escondido a imagem numa lapa, no Sítio, onde ficou guardada durante quatro séculos, sendo então descoberta por pastores, que a passaram a venerar. D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do Castelo de Porto de Mós, tinha por hábito caçar nesta região. Conta a lenda que também ele descobriu a imagem e a venerou. Algum tempo passado, uma manhã de nevoeiro, a 14 de Setembro de 1182, perseguia D. Fuas um belo veado quando o viu desaparecer no precipício. Alarmado pelo perigo, D. Fuas pediu auxilio à Virgem e logo o cavalo estacou salvan
Ermida da memória
do a vida ao cavaleiro. Em acção de graças, mandou D. Fuas Roupinho construir a Ermida da Memória. Venerada desde então, a imagem teria dado origem ao nome do lugar – Sítio de Nossa Senhora de Nazareth.

A divulgação da narrativa do milagre trouxe um aumento de peregrinos ao pequeno templo do Sítio, contribuindo para o crescimento do povoado e para a multiplicação do número de milagres atribuídos à Virgem da Nazaré, com o consequente acréscimo da quantidade de oferendas dos fiéis. Por outro lado, esteve na origem de novas práticas devocionais, pois cada vez mais romeiros procuravam ver a marca da pata do cavalo gravada na rocha do promontório. Outros levavam consigo pedaços de terra da gruta onde a imagem da Senhora estivera escondida durante séculos.

***********************************************
FESTAS DA NAZARÉ
Decorrem até 16 de Setembro de 2012 as tradicionais festas em Honra de Nossa Senhora da Nazaré. Celebrações religiosas e um programa paralelo de animação conciliam o sagrado e o profano naquele que é o mais antigo culto mariano em Portugal.


De 7 a 16 de Setembro, a “Nazaré em Festa”, que decorrerá no Parque Atlântico, proporcionará um vasto leque de possibilidades de diversão, desde os imprescindíveis carrosséis à gastronomia das Tasquinhas, e, claro, muita música. Do programa de espetáculos deste ano, destaque para os concertos do tenor italiano Giovanni D’Amore, no Teatro Chaby Pinheiro, dia 14, às 22h00; e de Quim Barreiros, no recinto das Festas, no Parque Atlântico, no dia 15, às 22h00. A animação completa-se com espetáculos de bandas e artistas locais, folclore e fogo de artifício.

As corridas de touros, uma presença constante nas celebrações em honra de N. Sra. da Nazaré, integram também o programa do “Nazaré em Festa”, nos dias 7 e 8 de Setembro, às 22h15, na Praça de Touros, do Sítio.

O ponto alto das festividades decorre já no sábado, 8 de setembro, Dia de N. Sra. da Nazaré e Feriado Municipal. Pelas 10h30 horas, realiza-se missa em honra da Padroeira, seguida de procissão e da Bênção do Mar, esta junto do Bico da Memória.


O programa religioso das festividades contempla ainda o XII Festival de Folclore em Honra de N. Sra. da Nazaré, promovido pelo Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré, dia 15, a partir das 15h30.

As festas em Honra de N. Sra. da Nazaré e o evento “Nazaré em Festa” são uma organização da Câmara Municipal da Nazaré, Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, Nazaré Qualifica e Serviços Municipalizados.
(Fonte: Câmara Municipal da Nazaré)  

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A RABECA CHULEIRA

A rabeca chuleira é um violino popular especialmente utilizado no Douro Litoral e Minho. A sua utilização está muito ligada a uma forma musical chamada chula que é típica dessas regiões. A rabeca tem quatro cordas friccionadas por um arco e o seu braço é mais curto que o do violino.
**********
Excerto da grande obra de Michel Giacometti onde se pormenoriza sobre um dos mais antigos instrumentos tradicionais de Portugal.